
A Fifa anunciou ontem que irá investigar as transações realizadas nos últimos anos pelo clube uruguaio Rentistas, comandado pelo empresário Juan Figer. Segundo o site Bloomberg News, a entidade máxima do futebol mundial confirmou por email que irá submeter os Bichos Colorados (apelido do time) e Figer à sua comissão disciplinar.
Há dois meses, a Gazeta do Povo publicou reportagem tratando da conexão do Atlético com o Rentistas, um conhecido entreposto comercial da bola. Diversos jogadores do Rubro-Negro passaram pelo Uruguai pouco antes de rumarem para a Europa.
Duas dessas negociações foram reveladas pela reportagem: a do lateral-direito Alberto e a do atacante Lucas (foto). Transações lideradas por Mario Celso Petraglia, então dirigente do Rubro-Negro, reeleito presidente do clube ao final do ano passado.
Em dezembro de 1999, Alberto saiu da Baixada para o Rentistas por US$ 1,5 milhão. Menos de três semanas depois, os uruguaios negociaram o atleta com a Udinese-ITA por US$ 6,6 milhões.
O caso de Lucas seguiu o mesmo roteiro. Em julho de 2000, o Rubro-Negro cedeu os 50% que ainda detinha do atacante para o Rentistas por US$ 7,5 milhões. Um dia depois, o time de Juan Figer repassou o jogador para o Rennes-FRA por US$ 21 milhões.
Fazendo todas as contas, Alberto e Lucas renderam aos uruguaios US$ 18,3 milhões. A dupla jamais pisou nas canchas de Montevidéu. Ao todo, em números corrigidos, a conexão teria feito com que o Atlético deixasse de arrecadar R$ 69,4 milhões.
De acordo com o site Bloomberg News, a Fifa vai investigar as transações de Alberto e do atacante Warley outro jogador do Furacão que passou pelo Rentistas antes de partir para o exterior. Além dos rubro-negros, as transferências dos atacantes Hulk e Walter, ambos do Porto, também vão ser examinadas. Ainda segundo o portal, pelo menos US$ 56 milhões foram arrecadados pelo Rentistas nas transferências intermediadas por Juan Figer.
O presidente do clube, Mario Bursztyn, confirmou ao Bloomberg News que cobrava uma "taxa de retenção" de Juan Figer para que atletas fossem registrados no clube uruguaio e depois repassados para outras equipes, com preços mais valorizados.
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