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A camisa do Prudentópolis estampa de dupla sertaneja a restaurante mexicano. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
A camisa do Prudentópolis estampa de dupla sertaneja a restaurante mexicano.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Com pouco mais de um mês de Estadual, o torcedor conseguiu perceber que as camisas do clube são quase placas de publicidade ambulantes. Entre os anunciantes, há de dupla sertaneja até loja paraguaia. Tudo para tentar diminuir a diferença entre os clubes do interior e da capital.

Não tem sido fácil chegar nesse objetivo. Os oito clubes do interior mais o J.Malucelli arrecadam juntos, com as marcas nas camisas e nos calções, R$ 1,2 milhão por mês. Atlético e Coritiba, juntos, recebem R$ 1 milhão mensal apenas do patrocínio da Caixa Econômica Federal.

O mais pobre nesse quesito é o Nacional. O time de Rolândia, segundo o presidente José Danilson Alves de Oliveira, não recebe nada pelas marcas que estampa na seu uniforme. Todas são permutas com empresas médicas ou de suplementos alimentares, por exemplo. “Aqui é só ‘paitrocínio’”, resume o dirigente. Coincidência ou não, a equipe é a lanterna, com seis derrotas em seis jogos.

Depois na escala financeira vem o Rio Branco, que ainda não fechou com um patrocinador máster e recebe R$ 40 mil pelas marcas que estão no sua camisa.

O Leão da Estradinha vai inovar na rodada deste domingo (8), contra o Paraná, em Paranaguá: vai trajar um uniforme todo amarelo em alusão a um parceiro.

O Jotinha, com patrocínios só do grupo J. Malucelli, recebe R$110 mil, mas tem um dos uniformes mais preservados do campeonato. Do restante, Londrina e Operário recebem R$ 150 mil, Foz do Iguaçu e Maringá, R$ 180 mil cada, Cascavel e Prudentópolis, R$ 200 mil por mês.

Entre essas equipes, nenhuma tem mais marcas do que o Foz do Iguaçu – a campeã na disputa pela ‘poluição visual’.

No total, além do próprio distintivo, são 15 símbolos na frente e atrás da camisa do time da fronteira. As mais curiosas são um shopping e duas lojas em Ciudad del Este, no Paraguai. “A camisa do Foz é um abadá”, brinca o presidente do clube, Arif Osman.

Mas nada supera a estampa do site www.pedroefelipe.com.br. O anúncio do site da dupla sertaneja está no uniforme do Prudentópolis. Faz parte de parcerias com sócios do clube, não rendendo dinheiro diretamente para a equipe do interior. Nas costas da mesma camisa está um restaurante de cozinha mexicana.

Entre os times do interior, o Sicredi, uma cooperativa de crédito, é o que mais aparece: nas camisas de Operário, Prudentópolis e Cascavel. Depois vem o mercado Muffato e a rede de hotéis Bourbon, em duas equipes cada, sendo que o último também tem uma parceria com o Coritiba.

  • O Foz é o rei do patrocínio, com 15 marcas estampadas pelo uniforme.
  • O Prudentópolis tem uma carta eclética de marcas, de lojas de departamento e marcas nacionais e dupla sertaneja e restaurante.
  • Com poucas marcas, todas na cor azul do clube, o Londrina arrecada R$ 150 mil.
  • Somente na frente do uniforme do Operário são oito marcas.
  • O Paraná estreia dois novos patrocinadores neste domingo: Vivamil e Mercado do Alarme.
  • Time de dono, o J. Malucelli tem o uniforme mais limpo do Estadual.
  • O Cascavel arrecada R$ 200 mil com patrocínios sem afetar esteticamente o seu uniforme.O
  • O Rio Branco trocará, neste domingo, o discreto uniforme vermelho sem patrocínio por um chamativo amarelo para atender a um patrocinador.
  • O Coritiba tem a Caixa como marca mais visível, mas ostenta duas outras marcas na frente e uma vermelha nas costas.
  • O Nacional não recebe dinheiro de patrocínio. Os acordos são na base da permuta e não poluem o uniforme do lanterna.
  • Caixa e Umbro são as únicas marcas na camisa do Atlético.
  • O Maringá recebe R$ 180 mil de patrocínio de camisa no Paranaense, sem poluir demais o seu uniforme.
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