Copa 2014
"Amador", decreto pode servir de trunfo para vizinhos da Baixada
O anexo do Decreto n.° 1.957, que deveria esmiuçar com dados concretos os motivos da necessidade de desapropriação dos 16 imóveis no entorno da Arena da Baixada, é o principal "trunfo" dos moradores para, se necessário, tentar melar o processo na Justiça.
A primeira reunião de negociação com a prefeitura ocorrerá hoje e as negociações devem continuar por mais duas semanas. Esta é a fase na qual o poder municipal fará a sua oferta a cada proprietário individualmente e ouvirá contrapropostas.
Se não houver acordo, o caso deverá parar nos tribunais, com possibilidade, inclusive, de o processo de desapropriação sofrer uma pausa em algum momento se houver liminar. Pela análise jurídica feita pelo advogado Julio Brotto, do escritório de René Dotti, a legalidade do decreto poderá ser questionada se está for a vontade dos proprietários dos lotes.
O principal motivo seria o fato de ficar caracterizada uma reversão do patrimônio que está sendo desapropriado para uma entidade particular, o Atlético. Contudo, a forma superficial como a justificativa das desapropriações teria sido redigida pela Procuradoria do Município daria mais sustentação à teoria de ilegalidade.
Em 14 páginas, o documento afirma que os lotes serão para saídas de emergência, circulação de pessoas, mas não traz nenhum dado técnico ou parte do projeto que demonstre a real necessidade disso. Em outro momento, cita levantamentos genéricos sobre impactos econômicos no país, e afirma que Curitiba já percebe o aumento da demanda de mídia espontânea sem, também, citar uma estatística sobre o tema.
Em um apanhado de dados disponíveis nos sites do governo federal, cita informações de dois anos atrás. Além de uma pesquisa de 2009, época da candidatura da cidade, completamente destoante sobre o decreto que trata da necessidade de desapropriações de imóveis por considerá-los de utilidade pública. "Chega a ser um pouco amador", afirma Brotto.
Marcio Reinecken
O Atlético encara hoje o Roma, às 17 horas, no Ecoestádio, diante de uma realidade da qual não está mais acostumado: jogar em casa para poucos torcedores.
Sem a Arena da Baixada, fechada para obras da Copa 2014, e longe de conseguir outro estádio de grande porte para mandar os jogos em Curitiba, o Rubro-Negro vai ter de se contentar com um público bem menor do que o habitual quando é o anfitrião.
A última vez que o Furacão jogou como mandante na capital paranaense para um público de menos de 4 mil pessoas foi em 2007. Mais precisamente no dia 24 de janeiro, quando enfrentou a Portuguesa Londrinense na segunda rodada do Paranaense daquele ano. Na ocasião, 3.326 pessoas acompanharam a vitória atleticana por 1 a 0 na Arena.
De lá para cá, nem mesmo no Estadual o Atlético jogou para uma plateia tão pequena como a que vai encontrar na tarde de hoje a capacidade do estádio do Corinthians-PR é de apenas 3.976 pessoas.
Menos espectadores como mandante, só mesmo fora de Curitiba. Em Ponta Grossa, na primeira rodada do atual Paranaense (1.736 pessoas), e no Brasileirão de 2009, no Estádio do Café, em Londrina, na partida com o Fluminense (3.015). Nessa última ocasião, o Furacão havia perdido o mando de campo após as torcidas terem lançado bombas no Atletiba.
Mesmo se tratando de um caso de força maior, a distância da torcida para o time tem atrapalhado. Ao menos para o lateral-esquerdo Héracles, que tem sentido falta do apoio das arquibancadas.
"Claro que o calor do torcedor nos incentivando durante as partidas, como foi no ano passado, faz falta. A vibração do torcedor faz a diferença. Mas se o gramado permitir colocar em prática o que estamos treinando, ficaremos satisfeitos em jogar onde for", comentou o jogador.
O discurso de Héracles está bastante afinado com o do técnico Juan Ramón Carrasco, que ainda não foi apresentado para a torcida atleticana de fato. "Me falaram que a torcida do Atlético ajuda muito quando a partida está difícil e que motiva os jogadores", disse.
"O mais importante é o gramado. Se está bom, melhor para o futebol que gostamos de praticar. E o jogador tem que se preocupar em jogar. Se ele faz isso, não fica dependendo de torcida, se grita a favor ou contra, se há muita gente ou não, se jogamos de visitante em casa. A ideia é apenas a de jogar de acordo com o que trabalhamos", fechou Carrasco.
Os fãs rubro-negros têm até hoje às 15h30 para retirar, na Arena, os ingressos para o jogo (ver gráfico) basta apresentar a carteira de sócios.
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