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Veja a ficha técnica de Iraty 1x5 Coritiba |
Veja a ficha técnica de Iraty 1x5 Coritiba| Foto:

Avaliação

Técnico prevê "nova fase"

Daniel Batistella, especial para a Gazeta do Povo

O técnico do Coritiba, Marcelo Oliveira, gostou da postura do time na vitória de ontem sobre o Iraty, por 5 a 1. Para o técnico, o Alviverde soube controlar a partida, permitindo que o Azulão chegasse poucas vezes ao gol de Vanderlei. "O resultado foi bom por ser na casa do adversário. Tivemos uma dinâmica melhor de jogo, encurtamos a marcação e esse pode ser o início de uma nova fase para a equipe", afirmou.

Mesmo assim, reconheceu que o setor defensivo deixou a desejar em determinados momentos, mesmo sem a pressão do adversário. Fato que ele espera não se repetir. "Praticamente não chutaram no nosso gol e acabamos levando um ataque rápido e o gol na sequência. Tenho de analisar pelo ângulo do técnico e assim precisamos melhorar", reclamou.

Por outro lado, Oliveira elogiou a força do banco de reservas – com as entradas de Anderson Aquino, Geraldo e Éverton Ribeiro. "Os reservas foram importantíssimos e, para o treinador, é ótimo poder olhar para o banco e ver os jogadores com vontade", comemorou.

A tranquilidade da equipe e a semana de preparação sem jogos também foram destacadas pelo técnico. "Isso mostra que a preparação durante a semana foi boa", disse.

Opinião

Lampejos do "velho" Coxa

Gustavo Ribeiro, repórter

O placar foi o menos importante para o Coritiba. A goleada sobre o Iraty, por 5 a 1, valeu mais pela atuação da equipe do que pelos gols em si. Os comandados de Marcelo Oliveira mostraram uma faceta que andava escondida, aquela do jogo no chão, com tabelas e ultrapassagens, sem a dependência exagerada das bolas paradas e das cabeçadas de Emerson e Pereira – apesar de que um dos gols de ontem seguiu esse mesmo roteiro.

Esse reencontro com o jeito leve de jogar coincidiu com as boas atuações de Lincoln e Renan Oliveira, que participaram ativamente da partida, com movimentação e trocas rápidas de passes. Sem contar a volta de Anderson Aquino, que deixou o ataque mais rápido. Boa oportunidade que Marcelo Oliveira tem para provar que o Alviverde é mais do que bola alçada. E o caminho é pelo chão também contra o Nacional-AM na Copa do Brasil.

As vaias que perseguiam Lincoln desde o começo do Campeonato Paranaense desapareceram. O período de paz foi conseguido com a destacada atuação na goleada do Coritiba sobre o Iraty, por 5 a 1, no domingo (11), no Estádio Coronel Emílio Gomes. Com três gols – Emerson e Júnior Urso também marcaram – e uma assistência, ele foi fundamental na construção do placar e se tornou o artilheiro isolado do Alviverde na competição, com seis bolas na rede adversária.

Principal contratação da equipe para a temporada, o meia veio do Avaí como a grande aposta para dar um salto de qualidade no elenco. Até ontem, porém, as atuações do jogador não haviam feito jus à fama. Com a trinca de gols, o experiente jogador dobrou o número de tentos marcados com a camisa alviverde.

A chuva de bolas na rede só não foi suficiente para deixar o Coxa na liderança do segundo turno, obrigação para chegar à decisão contra o Atlético. O atual campeão está empatado com o Londrina, com 9 pontos, mas perde no saldo por apenas um gol.

Chateado com as críticas que vinha recebendo, Lincoln demonstrou estar aliviado após a partida com o Iraty. Mesmo assim, preferiu não se empolgar. "Quem acompanha o dia a dia sabe que eu trabalho bastante para melhorar. Não vim para cá para ser ídolo ou para ser o destaque. Vim apenas para ajudar o Coritiba", disse.

Com o jogo de ontem, o jogador só não esteve em campo em uma oportunidade neste ano – 13 partidas ao todo e substituído em 8 delas. Ritmo intenso para quem já está com 33 anos. Para ele, no entanto, é tudo questão de dedicação. "Sempre me esforço bastante nos treinamentos, até faço um trabalho à parte depois. Meu objetivo é sempre melhorar."

Tanto que ele queria jogar os 90 minutos contra o Azulão. "Ele [Marcelo Oliveira] me perguntou se eu queria sair e eu disse que não", contou o jogador, que não foi atendido – foi substituído aos 32 minutos do segundo tempo. Depois dos três gols, optou por destacar a ajuda dos companheiros. "Importante é que temos jo­­ga­­dores no banco com condições de jogar. Nosso plantel é forte", elogiou.

Lincoln agora viaja para Ma­­naus com créditos renovados para a estreia do Coritiba na Copa do Brasil, na quarta-feira, às 20h30, contra o Nacional-AM.

Apesar da goleada, que injetou moral no elenco coxa-branca, o técnico Mar­­celo Oliveira, ao seu estilo, seguiu pelo caminho da moderação.

"A vitória nos fortalece. Quando é uma vitória com mais momentos bons do que ruins, mostra a preparação que foi muito boa. Não gosto de me empolgar tanto. Vamos se­­guir trabalhando em conjunto e com a união dos jogadores", resumiu o comandante alviverde.

Boa estreia faz Anderson Aquino virar sombra para Marcel

Foi apenas no 14.º jogo do time que o atacante Anderson Aquino tocou na bola pela primeira vez no ano. Ele sofreu uma lesão no joelho esquerdo ainda na pré-temporada e ficou de fora por quase dois meses. Na reestreia foi decisivo, dando um passe para um gol de Lincoln, o quarto do coxa-branca diante do Iraty.

Mais do que a boa participação nos 28 minutos em que esteve em campo, ele comemorou mesmo o retorno ao futebol. "Estava com muita vontade de voltar. É muito ruim ficar de fora. Pude ajudar o time e estou feliz por isso", afirmou.

O jogador acabou ganhando pontos com o técnico Marcelo Oliveira. Pior para Marcel, que ganha um concorrente. "O Aquino será sempre uma grande opção. Vão concorrer, e quem estiver melhor, vai jogar", garantiu o treinador.

Além de Aquino, o Alviverde teve outro estreante. O volante Djair, jovem de 21 anos, havia jogado apenas duas vezes no ano passado. Ele é considerado pela direção do clube como um jogador de futuro no Alto da Glória. Quem gostou foi o comandante coxa-branca, que elogiou o atleta que, mesmo sem ritmo de jogo, suportou os 90 minutos em Irati.

"No ano passado não participou tanto por causa da concorrência. E nesse ano tinha convicção de poder aproveitá-lo. Ele e o Gil foram bem no jogo, com uma boa dinâmica. Só não jogou antes porque estava machucado", analisou Oliveira.

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