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 | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

Revolta equatoriana

Guerrón não gostou nada de ter sido dedurado pelo bandeirinha Luiz Henrique Souza Santos – o auxiliar contou para o árbitro Antonio Denival de Moraes que o equatoriano acertou um chute no lateral alviverde Lucas Mendes. O cartão vermelho revoltou o atleticano, que tentou partir para cima do auxiliar. Só parou quando foi contido por companheiros.

Avaliação

Craque: Éverton Ribeiro

O meia abriu o placar aos dois minutos, fez o passe Roberto marcar o terceiro gol do Coritiba, além de imprimir velocidade dos contra-ataques do Alviverde.

Bonde: Guerrón

Principal esperança de gols atleticana, o equatoriano agrediu Lucas Mendes fora do lance aos 27 minutos de partida, foi expulso e comprometeu o sistema tático treinado durante a semana.

Guerreiro: Lucas Mendes

Depois de um período no banco de reservas, o lateral-esquerdo causou a expulsão de Guerrón, esteve bem na defesa e na armação de jogadas, sendo responsável pelo passe para o gol de Lincoln.

  • Imóvel, o goleiro Vanderlei apenas acompanha a falta cobrada por Paulo Baier estufar a rede coxa-branca

Embalado por uma sequência de gols, Guerrón era a principal aposta do Atlético para vencer o clássico e, quem sabe, abreviar o caminho até o título estadual. O equatoriano, porém, virou protagonista por outro motivo: acertou um chute no joelho do coxa-branca Lucas Mendes (27/1.º) e foi expulso de campo.

O auxiliar Luiz Henrique Souza Santos viu tudo, chamou o árbitro Antonio Denival de Moraes e entregou a agressão. A baixa reduziu consideravelmente as forças do Furacão. E, ao que tudo indica, renderá uma punição ao atacante, autor de 11 gols na temporada – é o principal artilheiro do Atlético.

"Isso [a expulsão] impediu que nós estivéssemos melhor em uma partida como esta, de tanta importância. Mas quem vai decidir é a diretoria", desconversou o técnico Juan Ramón Carrasco, passando a bola para os cartolas. "Hoje [ontem] é muito apressado falar. Para isso, existe a diretoria. Numa partida como essa, jogar com 11 teria muitas vantagens", acrescentou o uruguaio.

Sem Guerrón, o treinador foi obrigado a desmontar o esquema tático que tinha pensado para o clássico. Desorientado com a expulsão e o gol sofrido no início da partida, o time só conseguiu se firmar no início do segundo tempo, com o jogo empatado. "A gente trabalha com o esquema a semana toda e ele acabou sendo desmontado. Com certeza a expulsão nos prejudicou muito", concordou o volante Zezinho, que entrou no lugar de Ricardinho, ainda na etapa inicial.

A alteração liberou Baier e movimentou o meio de campo do Atlético. No comando das jogadas de ataque, o armador ajudou o time a igualar o placar duas vezes. "Criamos muitas oportunidades, umas se concretizam, outras não", comentou o treinador.

O técnico elogiou a atuação do grupo e evitou comentar a atuação da arbitragem. "Alguns jogadores foram muito bem, outros não renderam. Mas no geral gostei muito da equipe. O time mostrou garra e atitude. Estou tranquilo e vamos trabalhar pensando na final. Isso é muito bom para o que virá", avaliou Carrasco, que adiantou que para a última rodada, contra o Paranavaí, no próximo fim de semana, vai poupar boa parte do elenco atleticano.

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