Na sala de imprensa do Coritiba, Dirceu Krüger passava os dedos no uniforme número 49 que tinha ganhado momentos antes do presidente do Coritiba.
Ao seu lado, o jovem atacante Rafhael Lucas - com quem depois repetiria o gesto de arqueiro disparando a flecha, feita pelo artilheiro no último Atletiba - o lembrava dos seus tempos de jogador. Com um olhar fixo, disse que pensava em toda a sua carreira, desde o primeiro dia em que chegou no Coxa: a expectativa, jogar e fazer a torcida ficar feliz.
Um dos maiores jogadores da história do Coritiba, em 11 anos como jogador, de 1966 a 1975, Krüger fez 252 jogos e marcou 58 gols. Em 1979 assumiu o time como técnico pela primeira vez, função que repetiria mais 184 vezes.
Terça-feira (24), o Flecha Loira, apelido dos tempos de jogador, completou 49 anos como funcionário do Coritiba. Mais de cem funcionários o recepcionaram com aplausos no gramado do Estádio Couto Pereira no final da tarde. Houve até fogos de artifícios.
Obviamente, Krüger ficou emocionado. “Não tem dinheiro que pague isso. Nunca quis sair do Coritiba e estou aqui até hoje”, disse.
Na hora de receber o uniforme comemorativo, apesar do vacilo do presidente Rogério Bacelar, que deu os parabéns pelos “48... nove anos de clube”, Krüger deixou claro a importância do Coxa em sua vida. “Eu tenho dois lares. Um com a minha família e outro com vocês. Eu não sei o que aconteceria comigo sem o Coritiba. Não sei viver sem o Coritiba.”
A comemoração faz parte do início da celebração do jubileu de ouro de Krüger no Alviverde. Bacelar quer tornar comum esse tipo de homenagem no clube e já prevê uma festa para os 30 anos do título brasileiro de 1985. Outros ídolos também serão resgatados, como Zé Roberto. “Ele veio ao estádio quatro vezes antes e nunca tinha sido recebido pela diretoria”, afirmou.
A promessa é de que isso agora mude, para que a torcida nunca esqueça de quem sempre só pensou em uma coisa: fazê-la feliz.
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