Práticas da gestão de Hélio Cury são questionadas pelo Ministério Público.| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

O Ministério Público do Paraná (MP-PR), por meio de parecer da promotora de Justiça Ana Cristina Martins Brandão, orienta que a Federação Paranaense de Futebol (FPF) encerre “práticas tidas como indevidas”. O MP é parte em processo que Atlético e Coritiba movem contra a organização que comanda o futebol do estado.

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É destacado no documento do MP a contratação pela federação de familiares do presidente Hélio Cury, a aquisição pela FPF de material esportivo de empresas de titularidade ou sociedade de Cury, além da falta de transparência da entidade.

Tais situações foram apontadas pelo perito judicial designado para o caso, Sérgio Henrique Miranda de Sousa, em análise entregue à Justiça em dezembro do ano passado. O profissional investigou uma série de documentos da FPF, entre notas fiscais, balanços financeiros, livros razão, extratos bancários, relatórios etc.

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A promotora Ana Brandão solicitou ainda que sejam feitos maiores esclarecimentos sobre a gestão da FPF. E caso a federação prossiga restringindo o acesso a determinas informações, o MP-PR indica que seja emitida ordem judicial para busca e apreensão dos documentos.

Afastamento

O processo movido pela dupla Atletiba aguarda a decisão da juíza Vanessa Jamus Marchi, da 9ª Vara Cível de Curitiba. A manifestação pode representar o afastamento e inelegibilidade de Cury, caso ocorra o entendimento de “gestão temerária”, como sugere a acusação dos clubes. Não há prazo para a manifestação da juíza.

Atlético e Coritiba recorreram à Justiça após ver seu candidato nas eleições da FPF, Ricardo Gomyde, acabar derrotado por Cury, reeleito até 2019 no pleito realizado em março de 2015. O atual presidente está no cargo desde 2007, quando assumiu após 22 anos de administração Onaireves Moura.

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A reportagem procurou a Federação Paranaense de Futebol (FPF), mas a entidade disse que não iria se manifestar.