O técnico Marcelo Oliveira terá uma missão bem diferente da que está acostumado até contar efetivamente com a principal contratação do Coritiba para a temporada: Keirrison. Sem poder treinar o atleta em campo, Oliveira planeja uma espécie de orientação psicológica no período que antecede o retorno do jogador aos gramados.
Entusiasta da contratação do centroavante, o treinador não esconde a preocupação com as últimas performances do K9, principalmente no Santos e Cruzeiro, quando percebeu "falta de alegria do atacante para jogar futebol". Assim, nos cerca de quatro meses necessários para que o jogador finalize a recuperação do joelho direito, o comandante espera, com muita conversa, ajudar Keirrison na sua readaptação ao Coritiba.
"A espera pela recuperação é inevitável. A gente tem de aguardar. Enquanto isso vamos estar aí dando força, conversando, faremos também um trabalho de orientação", afirmou Oliveira, que voltou a lembrar da última impressão que teve do atacante nos gramados.
"Eu até disse que das últimas vezes que vi o Keirrison jogar ele estava com uma expressão muito triste, muito carregada. Mas isso aí cabe ao técnico criar um bom ambiente, mostrar ao jogador que ele vai aqui, com a adaptação que já tem, mostrar novamente aquilo tudo que fez no inicio da carreira."
A boa recepção não será apenas do treinador, mas de todo o grupo. Nem mesmo o setor ofensivo, que ganhou quatro meses de pressão extra com a sombra do K9, parece preocupado. "O pessoal recebeu o Keirrison com muito carinho. Jogador que tem uma qualidade indiscutível, apesar de passar uma fase ruim e depois uma cirurgia. Mas quem sabe não desaprende", afirmou o atacante Roberto, que forma a nova dupla de ataque com Anderson Aquino.
O jogador, no entanto, fez questão de lembrar que a receptividade é uma coisa, titularidade, outra. "Ninguém tem posição garantida. O Coritiba tem jogadores de qualidade", alertou.
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