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Sofá velho “ilustra” a arquibancada do Érton Coelho Queiroz: faxina deve tirar os entulhos do estádio | Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo
Sofá velho “ilustra” a arquibancada do Érton Coelho Queiroz: faxina deve tirar os entulhos do estádio| Foto: Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo

Equipe

No último teste antes da estreia na Copa do Brasil, o técnico Ricardinho aproveitou para observar todo o elenco no jogo treino de sábado diante do Internacional de Campo Largo, equipe amadora da região metropolitana. A partida terminou sem gols, mas serviu para o treinador verificar como se comportam seus jogadores diante de uma situação de jogo.

A temporada tricolor começa, quarta-feira, diante do Luverdense, em Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, pel Copa do Brasil. O Paraná viaja amanhã para Lucas de São Verde. Hoje o time faz um treino físico na Vila Olímpica do Boqueirão.

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Após quatro anos completamente abandonada, fruto da ida das categoria de base do clube para Quatro Barras, a Vila Olímpica, no Bo­­quei­­rão, voltará a ser a casa do Paraná. Pelo menos para os treinos.

A reocupação do Estádio Érton Coelho Queiroz foi um pedido ex­­presso do técnico Ricardinho e, após uma limpeza geral nas dependências da sede, o espaço deve voltar a receber, a partir da próxima semana todos, os treinamentos do Tricolor.

A intenção da diretoria e do comandante paranista é transferir a estrutura de fisioterapia, sala de musculação, refeitório e tesouraria da Vila Capanema para o antigo estádio do clube. No entanto, antes de os jogadores retornarem para a herança pinheirense, está sendo necessário revitalizá-la.

O "esquecimento" do local, que foi palco da conquista do penta Paranaense (em 1997), deixou a sede paranista com aspecto de velha e suja. Sofás apodrecendo largados no meio da arquibancada, vestiários em condições precárias de higiene e cabines de rádio prestes a desabar fizeram parte do cenário do estádio do Boqueirão nos últimos dias.

Com a eminente mudança do centro de treinamento do Durival de Britto para a Vila Olímpica, uma faxina completa passou a ser feita. Até agora, cinco caminhões de sujeira e entulhos foram retirados da praça esportiva. Além de se livrar das velharias, a primeira parte do projeto de reforma incluiu a lavagem e pintura das arquibancadas, melhorias nos vestiários e a construção de uma nova sala de imprensa.

A intenção da cúpula tricolor é que até o dia 12 de março a Vila esteja em condições de receber o elenco do clube. "Estamos trabalhando nisso há um mês. Acabou atrasando um pouco a recuperação por causa da chuva e do baixo número de funcionários para realizar essas tarefas. Mas garanto para o Ricardinho que até semana que vem estará tudo pronto", explicou o vice-presidente e responsável pelo patrimônio do clube, Luís Carlos Casagrande.

Apesar das benfeitorias, a repaginada no estádio não é considerada um grande investimento. Até agora foram injetados cerca de R$ 20 mil nos serviços – valor que é considerado baixo pelos próprios dirigentes.

"Não precisamos gastar muito. Temos permuta para as tintas, um conselheiro nosso possui o equipamento para lavar a arquibancada...", enumerou Casagrande.

Por enquanto, o básico está pronto. O gramado principal do estádio está em condições e é considerado melhor do que o da Vila Capanema. Mas as dificuldades financeiras do clube impedem que as melhorias sejam aceleradas.

A diretoria, no entanto, garante que nos próximos meses mais etapas da revitalização serão concluídas. "Queremos que os jogadores possam vir aqui e passar o dia inteiro, sem precisar se deslocar. Até mesmo a administração do futebol deve se transferir para a Vila Olímpica. A ideia é centralizar tudo aqui", declarou o vice-presidente.

Apesar do desgaste pelo abandono, a edificação de 29 anos ainda está nos planos do Paraná para voltar a receber a torcida. O sonho da atual diretoria é que nos pró­­­ximos anos a área receba novamente jogos do time – no último sus­­­piro de atividade, o estádio abrigou as categorias de base, até a construção do Ninho da Gralha, em 2008.

Para isso, seria necessário construir uma estrutura de bilheteria, duas novas rampas na arquibancada superior para facilitar a saída da torcida e refazer o projeto de prevenção a incêndio. "Queremos transformar a Vila Capanema em uma arena multiuso e, com isso, trazer alguns jogos do time para a Olímpica. Nosso sonho é construir o segundo anel, mas, por enquanto, não passa de uma vontade", fechou o dirigente.

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