Em seis rodadas do Estadual, o Paraná acumulou 23 cartões amarelos e 2 vermelhos. Desse total, 6 foram recebidos pela "língua solta": reclamação com o árbitro ou discussão com o adversário.
A onda de advertências atingiu até o técnico Toninho Cecílio, do lado de fora do campo. O treinador, de tanto berrar no banco de reservas, acabou expulso no duelo com o Operário. A enxurrada de críticas, porém, não acabou ali. Continuou de maneira muito dura nas entrevistas pós-jogo.
Para Cecílio, a grande quantidade de cartões mostrada ao grupo tricolor não significa um problema. Pelo contrário. Ele vê a exaltação dos atletas como fruto da vontade de conquistar o primeiro turno.
"Até o momento, nada passou do limite, considerando onde a equipe pode chegar. O que eu quero? Um time frouxo ou pilhado em busca dos resultados. Estamos fazendo uma boa campanha e podemos terminar o domingo como líder isolado", afirmou Toninho Cecílio.
O técnico, porém, não absolve todo o elenco. O atacante Luisinho não joga com o Rio Branco, amanhã, às 19h30, na Vila Capanema, porque levou três cartões amarelos dois por reclamação. "O Luisinho tem história. Ano passado passou por expulsão por reclamação. É uma situação que ele tem de trabalhar. Sempre vamos conversar, pois confio no jogador", afirmou o treinador.
Não está nos planos de Cecílio cobrar que os jogadores evitem o confronto com a arbitragem. "Prefiro equipe ligada, mas sem violência. Não vou ficar acalmando. É desnecessário falar que tem de deixar o árbitro apitar, mas eu tenho quase 30 anos de futebol e sei que nem sempre é possível e tem horas que é necessário reclamar", disse, admitindo que precisa se acalmar um pouco mais no comando do Tricolor para evitar novos cartões vermelhos.
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