O sol chega com força, mas a luz demora a aparecer. Os jogadores dos dois times estão perfilados, à espera da execução dos hinos do Paraná e nacional. Não há energia no estádio. Um dirigente pega seu Fiat Siena e o estaciona à beira do campo. Abre o porta-malas. É o sistema de som. No caso, um auto falante.
O público, na verdade três pagantes que estão nas cadeiras (e não foram barrados), se diverte com a cena do Siena. No placar, não tem o "tiozinho" para trocar as placas e o que se vê é o Palmeiras vencendo o Guaratinguetá por 1 a 0. A bola, enfim, começa a rolar. Por cinco minutos, porque um jogador logo grita para o juiz: "Professor, a bola tá murcha!". O professor ordena a troca. A partida já está no segundo tempo quando um técnico-eletricista chamado às pressas chega ao estádio. A luz, enfim, retorna.
É várzea? É e não é. Tudo isso aconteceu na tarde de quarta-feira, durante o jogo entre Portuguesa Londrinense e Sport Campo Mourão, pela Terceira Divisão do Campeonato Paranaense. Jogo que era para ter acontecido dez dias antes, o que não foi possível porque naquele domingo 13 de outubro quem deu WO foi o estádio, como bem definiu o técnico da Lusa, Walbert Knário (os dois times estavam lá, mas a FEL não abriu o Café alegando que não havia sido comunicada pela Portuguesa de que a equipe usaria o estádio naquele dia). Cenas de terceira na Terceira.
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