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Ricardo Gomyde vai tentar na Justiça se eleger presidente da Federação Paranaense de Futebol | Lucas Pontes/Gazeta do Povo
Ricardo Gomyde vai tentar na Justiça se eleger presidente da Federação Paranaense de Futebol| Foto: Lucas Pontes/Gazeta do Povo

Encerrada nas urnas no último sábado (21), a eleição para presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF) pode ganhar um “segundo turno” judicial na próximas semanas.

A principal esperança do opositor Ricardo Gomyde, derrotado por Hélio Cury, é provar uma suposta inelegibilidade do concorrente. O atual mandatário foi reeleito com 33 votos contra 25.

Uma ação ajuizada pela chapa “FPF forte para todos os filiados. Oposição de Verdade” chegou a suspender o pleito na semana passada, mas foi cassada e agora aguarda julgamento.

Cury havia sido suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por descumprimento de ordem que determinava a refiliação e o restabelecimento do direito de voto ao Batel de Guarapuava. O candidato da situação se valeu de um efeito suspensivo para participar da eleição.

“São tantos os absurdos que ocorreram... O presidente concorreu sendo inelegível e isso já era objeto de demanda judicial e evidente que será de outras. Tenho certeza absoluta que a Justiça vai restabelecer a verdade”, fala Gomyde, que espera ser decretado vencedor da disputa caso seu argumento seja acatado.

Outra estratégia para tentar impugnar Cury é baseada na relação entre a loja de materiais esportivos do presidente e a federação.

O advogado Juliano Tetto – candidato a vice-presidente e, até janeiro, advogado da própria FPF – afirma que a venda de medalhas e troféus para a Federação feita pela loja de Cury caracteriza gestão financeira temerária, o que levaria ao afastamento imediato do dirigente, segundo a Lei Pelé.

Nada disso, porém, preocupa o advogado da FPF, Emerson Fukushima. “Não vejo possibilidade de se alterar o resultado. Acho que houve a votação e a manifestação do desejo dos filiados em manter o Hélio presidente”, diz.

“Não há nenhum vício na eleição, que foi realizada do jeito que eles [oposição] pediram, com fiscais e presença de oficial de justiça. Eles perderam no voto”, banca Fukushima, que nega a inelegibilidade de Cury. “É um absurdo essa tentativa de ‘segundo turno’ judicial”, fecha.

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