
A oitava rodada do Paranaense colocará frente a frente Atlético e Operário, na quarta-feira (11), às 22 horas, no Estádio Germano Krüger. Rivais nos gramados, os dois têm se aproximado cada vez mais fora dele.
O atual diretor de futebol do Fantasma, Antônio Mikulis, e o presidente atleticano Mário Celso Petraglia, estão próximos. Ambos estão no grupo oposicionista na disputa eleitoral pela presidência da Federação Paranaense de Futebol. O Operário foi um dos primeiros “grandes” do interior a apoiar a oposição encabeçada por Ricardo Gomyde para o lugar do atual presidente Hélio Cury.
Antes, porém, mil cadeiras da Arena – antes da Copa – foram adquiridas pelo Operário ao preço de R$ 50 cada para atrair mais sócios. Elas foram instaladas no setor coberto do estádio. “Acabou o tempo de pintar o alambrado com cal e pôr o torcedor para sentar no cimento”, disse o dirigente do time de Ponta Grossa.
Mikulis já foi presidente do Operário e hoje é um dos integrantes de um grupo gestor que assumiu o clube em setembro do ano passado. Formado por empresários da cidade, cada um contribuindo mensalmente para as finanças do clube, o grupo lançou um novo plano de sócios, fez melhorias no estádio Germano Krüger e apostou na contratação de bons jogadores.
“O Operário tem 102 anos e sempre foi amador, como todo o time do interior. O torcedor precisa investir um pouco para mudar essa situação e levar o clube à real profissionalização”, afirmou Mikulis.
Hoje o clube mantém um cadastro com 600 sócios adimplentes e espera ampliar esse quadro. Para isso, aumentou consideravelmente o preço dos ingressos. No ano passado o torcedor pagava R$ 30 por ingresso. Hoje o plano e sócios oferece duas opções: sócio prata (R$ 40 por mês) e plano ouro (R$ 80).
A média de torcedores caiu nos últimos anos. Em 2011, por exemplo, o Germano Krüger recebia uma média de 4.226 torcedores por jogo. No ano passado, a média caiu para 2.049. A ideia de fidelizar o torcedor e garantir renda fixa mensal – prática adotada por diversos clubes, inclusive o Atlético – foi adotada em Ponta Grossa.
“Não dá mais para ficar correndo com pires na mão para montar time. Torcedor tem que ajudar. Acabou aquela história do ‘Faça um bom time que eu vou lá torcer pagando 10, 15 reais’. Isso não existe mais”, comentou Mikulis, que admitiu ter se inspirado no Furacão para adotar esse modelo.
As duas equipes vivem situações distintas no Campeonato Paranaense. Embora lutem por objetivos semelhantes, a vitória terá um peso diferente e causará efeitos com proporções inesperadas.
O Atlético amarga a 9.ª colocação com apenas oito pontos e vive uma crise de confiança muito grande por parte do seu torcedor. Após sete jogos, o time sub-23 não conseguiu encantar (apesar de duas vitórias) e foi substituído pela equipe principal. Uma derrota e um empate depois, a desconfiança permanece e o comportamento da torcida será extremamente influenciado pelo resultado desta quarta-feira (11).
Pelo lado do Operário a situação é completamente diferente. Na 3.ª colocação, com 13 pontos, o time vive seu melhor momento desde a volta à elite do futebol estadual
Colaborou: Leonardo Mendes Júnior
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