Três times tentam evitar "fim" de 2014 depois de apenas 13 jogos

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O segundo jogo das quartas de final da Paranaense, que começa hoje, pode representar o fim do ano para duas de três equipes, após dois meses de atividade e apenas 13 jogos. Um exemplo do que reclama o movimento dos jogadores Bom Senso FC, que quer um calendário mais extenso para as equipes menores.

O prejuízo para quem for eliminado neste fim de semana é ainda maior porque o menor tempo de contrato possível com os jogadores é de três meses. Ou seja, o clube terá que pagar por um mês sem se beneficiar de renda de bilheteria para compensar. Rio Branco e Prudentópolis ou Maringá (como duelam, um se salva) estão neste grupo que avista o fim precoce da linha em 2014. O time da Cidade-Canção, como venceu no primeiro jogo das quartas de final, tem mais chance de chegar a uma semifinal, que também garante a vaga na Série D e na Copa do Brasil caso o Coxa passe pelo Rio Branco.

"Se fôssemos eliminados, teríamos de negociar com os jogadores, pagar meio mês, deixar acertado para não fechar as portas para que eles voltem. Mas isso não vai acontecer", aposta o presidente do Maringá, João Batista Regini.

O Prudentópolis sonha com a Série D, mas não descarta pelo menos os dois jogos da final do interior. "Se um time do interior chegar à final do Paranaense, temos chances de disputar a final do Interior mesmo sem chegar à semifinal", lembra o presidente Valdir Cagnini, citando a única chance de esticar o calendário em caso de eliminação. Seria necessário ficar em quinto lugar no geral e ter um time do interior, com melhor campanha, na decisão.

Outras duas equipes cor­­­­­­rem o risco de deixar o Estadual antecipadamente, Lon­­­­drina e J. Malucelli. Para ambos, porém, ainda há a opor­­tunidade de seguir vivo na Copa do Brasil. Os dois têm pelo menos mais uma partida pelo mata-mata nacional. Mas a meta é prosseguir no Paranaense. "Apenas três jogadores nossos não têm contrato até o fim do ano ou mais. O nosso pensamento desde o começo é conquistar essa vaga na Série D", garante o gestor do futebol do LEC, Sérgio Malucelli.

"Para o ano que vem, para nós é importante voltar o Paranaense com turno e returno, com 24 datas", reclama Cagnini. Segundo o presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Hélio Cury, esse foi o acordo feito no fim do ano passado, mas será reavaliado após o fim da competição. Os times que disputam o Torneio da Morte, como alento, ainda terão calendário até o dia 13 de abril, com 17 partidas no total da temporada.

Desemprego

Para muitos jogadores, o fim do Estadual representa o início de uma luta por emprego. As opções vão de times das Séries A e D do Brasileiro, até copas ou divisões inferiores dos estaduais. Para isso, ter feito uma boa campanha por onde passou faz diferença. "Como não tem calendário depois, nós sabemos do tamanho da responsabilidade deste jogo [de hoje] para o clube e para nós mesmos. É uma motivação extra", avisa o atacante Cabixi, do Prudentópolis. "Em um ano de Copa do Mundo é ainda mais importante estar empregado para não ficar sem renda", lembra Bruno Batata, que tem contrato com o J.Malucelli até o fim do ano.