Atlético, Coritiba e Paraná decidiram entrar juntos na briga pela liberação da venda de bebida alcoólica nos estádios de futebol. Os clubes contrataram o escritório do advogado Luiz Fernando Pereira, filho do ex-governador Mario Pereira, para entrar com uma ação pedindo o fim da restrição. A intenção é tentar a permissão do comércio da bebida ainda na rodada do fim de semana.
A comercialização está proibida desde 2010, com base no artigo 13-A do Estatuto do Torcedor, que trata das condições de acesso e permanência do torcedor no recinto esportivo. Entre os itens está “não portar objetos, bebidas ou substâncias proibidas ou suscetíveis de gerar ou possibilitar a prática de atos de violência.” É exatamente este ponto que a ação pretende atacar. “Não poderia ter se estabelecido a proibição com base no Estatuto do Torcedor. Fere o princípio da livre iniciativa. Há argumentos para derrubar a proibição”, diz Pereirinha.
O advogado quer entrar com uma ação nesta semana. Aí, passa a depender do posicionamento e da agilidade do juiz que pegar o caso. Mas o próprio Pereirinha considera possível a concessão de uma liminar que libere a venda já para a rodada do fim de semana no Paranaense. Atlético, no sábado, contra o J. Malucelli; Coritiba, domingo, diante do Londrina, são os times da capital que jogam em casa.
O presidente do Coxa, Rogério Bacellar, vê na liberação a oportunidade de aumentar os lucros provenientes das partidas. “Estamos tentando ampliar nossa receita em dias de jogo seguindo exemplo de outros estados que já conseguiram a liberação”, diz o dirigente alviverde. Não existe uma estimativa atual do ganho que a venda de cerveja dos estados geraria aos clubes.
A ação conjunta do trio de ferro corre independente do projeto que tramita na Câmara de Vereadores de Curitiba pedindo a liberação da venda de bebidas.
Em novembro de 2011, o advogado curitibano Henrique Cardoso, torcedor do Atlético, ingressou na Justiça contra a CBF, alegando inconstitucionalidade na decisão do veto ao comércio e consumo de bebidas alcoólicas. Em janeiro de 2014, porém, a juíza Vanessa Bassani, titular do 12º Juizado Especial Cível de Curitiba, declarou que o pedido foi considerado improcedente.
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