Os jogadores do Corinthians emitiram uma dura nota na tarde desta terça-feira, três dias depois de o centro de treinamento do clube ser invadido por torcedores organizados. No texto, assinado pelo "grupo de atletas profissionais do clube", os mesmos se dizem fartos dos marginais ligados às torcidas organizadas e se manifestam publicamente defendendo uma greve de jogadores no próximo fim de semana.
"Estamos fartos com a irracionalidade e com os atos de violência impunes. As cenas grotescas vividas neste último sábado por nós jogadores e por todos os funcionários do Corinthians determinam que uma tragédia sem precedentes está prestes a ocorrer no ambiente de trabalho de qualquer clube de futebol profissional no país e nós não seremos coniventes com isso. É preciso dar um basta", cobram os jogadores.
No texto, eles lembram que as cenas de violência são comuns nos clubes de futebol brasileiros e defendem uma greve como medida de protesto.
"Sabemos que esta não é a primeira, mas deveria ser a última vez que marginais ligados às torcidas organizadas invadam propriedade privada, agridam jogadores e funcionários do clube e os ameacem com armas", dizem.
"Nós tornamos público o nosso apoio à iminente paralisação proposta pelo Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de São Paulo para o fim de semana, visando melhorias nas condições de trabalho para os empregados de todos os clubes de futebol do país", apontam os jogadores.
De acordo com eles, a paralisação poderia ter acontecido com os jogadores tendo se negado a entrar em campo para jogar contra a Ponte Preta, domingo, mas isso se tornou impossível por conta de contratos.
"Fracassamos por causa dos riscos contratuais do clube com os patrocinadores, com a Federação Paulista de Futebol, com a Rede Globo de Televisão e em respeito à verdadeira torcida corintiana. Se isso não demonstrar o comprometimento deste grupo de atletas com o Corinthians, não há mais nada a dizer", dizem os jogadores.
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