A CBF divulgou uma nota neste domingo (28) convocando uma reunião com os 20 capitães das equipes que disputam a primeira divisão do Campeonato Brasileiro para uma reunião na próxima quinta-feira (2). A entidade diz que o encontro será para debater e "analisar de maneira didática as Regras do Futebol, em especial as orientações da FIFA referentes à mão na bola".
Além dos jogadores estarão no encontro os árbitros sorteados para atuar na 26ª rodada do Campeonato Brasileiro. Segundo a CBF, "serão apresentados 26 vídeos, mais oito analisados pela FIFA como decisões corretas de nossas competições".
Para o chefe de arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa da Silva, há um "desencontro de informações". "Com tudo o que saiu [na mídia], o árbitro vai para campo com uma pressão total, absurda. Virou uma torre de babel. Nunca dissemos que toda bola na mão é falta, e sim que foi ampliado o conceito. Isso confunde a cabeça do jogador e do árbitro", disse à reportagem.
A confusão existe também devido à divergência de informações entre Fifa e CBF. Na quarta (24), o chefe de arbitragem da entidade que comanda o futebol, o suíço Massimo Busacca, disse que não havia novas orientações sobre mão na bola e que continua valendo a interpretação do árbitro se houve ou não a intenção de tocá-la.
A CBF reagiu e informou que as novas orientações, como a que diz que o "braço ao léu", mesmo que naturalmente, é preciso marcar infração foram feitas pelo instrutor da Fifa Jorge Larrionda, em curso ministrado de 25 de agosto a 2 de setembro.
O receio da CBF é que a confusão leve ao aumento das marcações de faltas e pênaltis nesses casos. O fato é que o número já subiu desde o curso de Larrionda.De 11 pênaltis marcados com toque na mão ou braço na Série A deste ano, nove aconteceram depois de iniciado o curso ministrado por Larrionda em Teresópolis.