A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou nesta terça-feira (20) à noite uma nota de “simpatia pela ideia de realização” da Primeira Liga – a Copa Sul-Minas-Rio. Mas com ressalva. “Esta postulação [de novo campeonato] não pode operar-se a qualquer custo, ao arrepio da ordem jurídica, nem resultar em desarranjo do calendário nacional”, traz o texto.
A entidade reforçou que para reconhecer a disputa precisa convocar uma assembleia, fato que desagrada os integrantes da liga (Atlético, Coritiba, Grêmio, Inter, Flamengo, Fluminense, Cruzeiro, Atlético-MG, América-MG, Avaí, Chapecoense e Figueirense).
“Em obediência às normas estatutárias da CBF, a entidade houve por bem convocar a Assembleia Geral Extraordinária, de modo a apreciar a solicitação de reconhecimento da Liga e a inclusão da competição no calendário oficial, a fim de conferir legalidade aos seus atos iniciais e à tabela da competição”, explica.
Em meio ao fogo-cruzado para tirar a competição do papel, as federações do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Minas Gerais já declaram apoio público ao torneio. Apenas a do Paraná não se posicionou. A do Rio de Janeiro é contra.
“Importante esclarecer que o calendário proposto originalmente, que tinha como premissa o respeito intransigente a “contratos e datas do calendário existente”, conforme ofício da Liga de 6 de outubro do corrente, apresentava em suas onze rodadas, dez datas sobrepostas a competições como estaduais, pré-Libertadores, Libertadores, Copa do Brasil e eliminatórias da Copa do Mundo, e a outra data em conflito com o período de pré-temporada, além de uma partida entre Internacional x Grêmio válida por duas competições (Sul-Minas-Rio e Campeonato Gaúcho) simultâneas, numa singular partida de seis pontos”, alega a CBF.
Os fundadores da Primeira Liga prometem divulgar, mesmo à revelia da CBF, uma tabela na próxima sexta-feira (23), em Belo Horizonte. A assembleia da CBF está marcada para terça-feira (27).
Nota Oficial: Sobre a Liga Sul-Minas-Rio
Em reunião ocorrida no dia dezenove de outubro na sede da CBF, diretores da entidade e representantes da Liga Sul-Minas-Rio deram continuidade às tratativas destinadas ao reconhecimento da competição que visa a reunir seus clubes integrantes.
Uma vez mais, a CBF manifestou simpatia pela ideia de realização daquela competição em 2016, sempre observados os critérios jurídicos, técnicos e administrativos em vigor.
No que tange ao critério jurídico, necessário que fossem estritamente cumpridos os ditames legais e as normas nacionais e internacionais do futebol, de modo a assegurar que a Liga e a competição se alinhassem com os estatutos e regulamentos vigentes.
Neste sentido, a CBF recebeu requerimento formal da Federação Nacional dos Atletas Profissionais com vistas ao fiel cumprimento de direitos e prerrogativas trabalhistas dos atletas, notadamente o direito a férias, o recém- conquistado período de pré-temporada até 30 de janeiro, além do respeito do intervalo mínimo entre as partidas de um mesmo clube.
Paralelamente, em obediência às normas estatutárias da CBF, a entidade houve por bem convocar a Assembleia Geral Extraordinária, de modo a apreciar a solicitação de reconhecimento da Liga e a inclusão da competição no calendário oficial, a fim de conferir legalidade aos seus atos iniciais e à tabela da competição.
Sob a responsabilidade do Departamento de Competições da CBF, coube a árdua tarefa de harmonizar as datas escolhidas pela Liga para esta disputa com o já saturado e publicado calendário anual do futebol brasileiro, por vezes, criticado pela excessiva quantidade de partidas.
Importante esclarecer que o calendário proposto originalmente, que tinha como premissa o respeito intransigente a “contratos e datas do calendário existente”, conforme ofício da Liga de 6 de outubro do corrente, apresentava em suas onze rodadas, dez datas sobrepostas a competições como estaduais, pré-Libertadores, Libertadores, Copa do Brasil e eliminatórias da Copa do Mundo, e a outra data em conflito com o período de pré-temporada, além de uma partida entre Internacional x Grêmio válida por duas competições (Sul-Minas-Rio e Campeonato Gaúcho) simultâneas, numa singular partida de seis pontos.
Exemplo de sucesso, a Copa do Nordeste teve como fator preponderante a unidade, harmonia e perfeita distribuição de papéis entre clubes, federações e CBF.
Todos os esforços para buscar a compatibilização das pretensões dos clubes foram e estão sendo realizados pela CBF, compreensiva da legítima busca por novas receitas financeiras. Contudo, esta postulação não pode operar-se a qualquer custo, ao arrepio da ordem jurídica, nem resultar em desarranjo do calendário nacional que, estável, consolidado e reconhecido pelo torcedor, se mostra economicamente eficaz e rentável para emissoras de TV, patrocinadores e clubes.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas