Chicão sempre foi um homem tranquilo, de fala mansa e pausada. Após o empate por 1 a 1 com o Boca Juniors nesta quarta-feira, em La Bombonera, no primeiro jogo da decisão da Libertadores, no entanto, o tom de voz do zagueiro do Corinthians parecida estar mais baixo do que o comum e as palavras não saíam com fluidez.
Sem que nenhum dos quase 70 jornalistas que estavam aglomerados no ginásio improvisado de sala de imprensa anexo ao estádio do Boca tocasse no assunto, a explicação veio no meio dos seus comentários sobre a partida. "Passei por uma situação muito chata. Meu avô faleceu", disse.
O zagueiro foi avisado da morte do seu Messias quando se preparava para embarcar rumo a Buenos Aires. Sentiu o baque, mas em nenhum momento passou pela sua cabeça ficar fora do jogo desta quarta-feira. "Nunca pensei em abandonar o grupo e é por isso que dedico esse empate tão importante para o meu avô, que foi uma pessoa que sempre me ajudou bastante."
Chicão não quis se alongar no assunto. Preferiu falar mais sobre a boa fase da zaga corintiana. Para ele, se o título da Libertadores vier na próxima quarta-feira será a confirmação da sua volta por cima depois de ter perdido a condição de capitão e titular absoluto e ter ficado no banco de reservas por um bom período no fim do ano passado.
"Naquele momento o Tite percebeu que eu não estava bem. Mas sempre deixei claro que iria trabalhar para reconquistar o meu espaço quando tivesse a oportunidade e procurei mostrar dentro de campo que eu merecia voltar a ser titular", afirmou.
Apesar de insistir que nada está ganho, Chicão mostrou-se bastante confiante. Para o zagueiro, a maneira como a equipe se comportou na La Bombonera foi uma demonstração de que no Pacaembu as chances de o time ser campeão são grandes. "Estou feliz pelo resultado, desempenho e a maturidade da equipe. Precisamos respeitar o Boca, que já mostrou que sabe jogar fora de casa, mas temos tudo para conquistar esse título", disse.
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