Um problema de documentação tirou um dos clubes mais tradicionais do futebol amador de Curitiba da Série A do campeonato da capital, principal torneio entre clubes não profissionais da cidade. O Urano, que há 22 anos participa de maneira ininterrupta de competições organizadas pela Federação Paranaense de Futebol (FPF), ficou de fora do torneio por um erro administrativo, segundo definiu o clube em comunicado em sua página na rede social Facebook. “Por erro administrativo e aviso tardio, nos foi tirado o direito de participar do campeonato”, diz a nota.
Segundo o presidente do clube, Antônio Gonzaga, o clube fez a solicitação da inscrição no campeonato e recebeu, um dia antes do término do prazo, no dia 24 de maio, a resposta de que não tinha todos os documentos para concluir o processo. A queixa do dirigente é que não houve tempo hábil para fazer a regularização. “Em princípio, nos foi negado o alvará que a FPF dá aos clubes, por irregularidades nos documentos que precisamos entregar. O clube demorou para fazer o pedido de inscrição, mas só na véspera verificaram que tinha um erro. Não deu tempo de acertar”, revelou, admitindo também a morosidade do Urano para começar o processo de inscrição na competição.
De acordo com a FPF, a direção do Urano não reuniu a documentação necessária para confirmar sua inscrição, o que causou o indeferimento da participação do clube da Vila São Pedro no campeonato. A vaga ficou com o União Capão Raso, quarto colocado da Série B em 2015.
Em princípio, nos foi negado o alvará que a FPF dá aos clubes, por irregularidades nos documentos que precisamos entregar. O clube demorou para fazer o pedido de inscrição, mas só na véspera verificaram que tinha um erro. Não deu tempo de acertar
O time agora fica sem calendário até 2017, apesar do estádio Manoel Garcia de Andrade seguir recebendo jogos do amador. Porém, os planos do Urano neste tempo sem atividades envolvem melhorias nas estruturas do Estádio Manecão, antes de retomar os jogos. “O planejamento agora é fazer uma reforma. Investir esse tempo ‘livre’ para arrumar nosso patrimônio antes de voltar a pensar na segunda divisão do ano que vem. É como dizem, as vezes só levando um tombo para você levantar mais forte”, declarou. Por ter sido excluído da Primeira Divisão deste ano, a equipe volta disputando a Segundona em 2017.
Gonzaga revela também que pediu licença das atividades do clube após o episódio, e que seu vice, Amauri Junior, ficará à frente da agremiação enquanto o mandatário estiver afastado. “Com os acontecimentos, resolvi ficar uns dias afastado da direção. A gente está dando explicação a cada meia hora, mas não dá para voltar, tem de seguir a vida de cabeça erguida e trabalhar para a volta”, concluiu.
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