Os 14 clubes que assinaram contrato com o Esporte Interativo para a transmissão de seus jogos do Brasileiro – entre 2019 a 2024 – estudam discutir, juntos, a venda dos direitos de transmissão para tevê aberta e pay-per-view. A informação foi confirmada pelos representantes dos três clubes paranaenses em evento em São Paulo. O encontro, no Pacaembu, era para o anúncio oficial com a emissora do grupo Turner.
“A possibilidade de negociar em grupo os direitos de tevê aberta e de pay-per-view é interessante desde que a gente consiga formar um grupo inteligente e que consiga conviver bem, buscando os interesses do futebol brasileiro”, destacou o presidente do Paraná , Leonardo Oliveira.
“Temos de amadurecer essa ideia, trocar informações até a negociação do contrato e no momento certo discutir isso como um grupo maduro, respeitando as diferenças de cada um”, lembrou Oliveira.
O discurso é reforçado pelo vice-presidente do Coritiba , Alceni Guerra. Ele argumenta que individualmente cada clube tem pouca força para conseguir melhores contratos. “É um compromisso assinado por nós, de negociarmos conjuntamente com qualquer televisão”, admitiu.
Coritiba, Atlético e Paraná, individualmente, são muito fracos perante qualquer rede de televisão. Unidos com os outros 11 clubes que tem contrato com o Esporte Interativo, somos muito fortes. A gente tem que ter essa consciência
O presidente do Deliberativo atleticano , Mario Celso Petraglia, reforçou que o objetivo não é tirar dinheiro de quem ganha mais, mas fazer o sistema ser mais justo. E a união pode favorecer isso. “O que nós precisamos é ter uma independência; é por isso que nós estamos trabalhando para essa unidade. O objetivo é fortalecer o futebol e aumentar esse bolo e não tomar nem diminuir daqueles que já conquistaram os seus espaços”, garantiu.
Para televisão fechada, entre 2019 e 2024, o Esporte Interativo anunciou que o bolo é de R$ 550 milhões por ano, válido para 20 clubes. Se menos times estiverem na Série A, o valor diminui proporcionalmente. Desse valor, 50% será dividido igualmente, 25% por índice de audiência e 25% pela colocação no campeonato. O que difere é o montante das luvas, bônus pago aos clubes com o fechamento do contrato. Essas cifras não foram confirmadas.
“Temos que amadurecer essa ideia, trocar informações até a negociação do contrato e no momento certo discutir isso como um grupo maduro, respeitando as diferenças de cada um”
O presidente do Paraná revelou ainda que a sugestão de união dos 14 clubes foi do próprio Esporte Interativo e que esse grupo precisa ser trabalhado nos próximos anos para estar preparado para negociar quando for necessário. O evento desta terça foi um primeiro passo nesse sentido.
Além do trio paranaense estão na lista de parceiros da rede Bahia, Ceará, Criciúma, Fortaleza, Internacional, Joinville, Paysandu, Ponte Preta, Sampaio Corrêa, Santa Cruz e Santos.
O que nós precisamos é ter uma independência; é por isso que nós estamos trabalhando para essa unidade. O objetivo é fortalecer o futebol e aumentar esse bolo e não tomar nem diminuir daqueles que já conquistaram os seus espaços
* O jornalista viajou a convite do Esporte Interativo
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