A Copa Sul-Minas tem um capítulo decisivo nesta sexta-feira (7), em Porto Alegre. No terceiro encontro dos idealizadores da futura competição, programado para as 15 horas na Arena do Grêmio, a intenção é consolidar o torneio para 2016. Para isso, além de vencer a resistência das federações, que temem o enfraquecimento dos estaduais, eles planejam definir os pormenores da competição, como datas e critérios de seleção.
Desde a última reunião da Copa Sul-Minas, em Balneário Camboriú, há duas semanas, uma força-tarefa foi realizada para colocar no papel aspectos burocráticos e econômicos. Entre eles, um estatuto, um regulamento e estudos para viabilizar a competição comercialmente. Tudo será apresentado na casa gremista.
“Até meados de setembro precisamos estar com tudo pronto, lançado no mercado, com parceria de televisão. Estamos correndo contra o tempo”, conta o vice-presidente do Coritiba, André Macias, responsável por dar o pontapé inicial ao movimento.
Burocracia
Veja o que já foi feito e o que ainda terá de ser definido para a Sul-Minas:
Já foi feito
Regulamento: Dois grupos de seis times – sete se entrarem os representantes cariocas –, juntando três equipes de cada estado. Todos enfrentam todos, classificando-se os quatro primeiros colocados de cada chave para as quartas de final. A finalíssima ocorrerá em jogo único.
Estatuto (incompleto): É o documento base que traz as definições burocráticas do torneio.
Estudo de viabilidade comercial
Precisa ser decidido
Critério para a seleção: Os dois primeiros de cada estados têm vaga. A terceira sai do Estadual. A exceção é Santa Catarina, que não tem critério definido. Flamengo e Fluminense ainda precisam bater o martelo de que participarão como convidados.
Datas: Será necessária uma definição junto com as federações para que a Sul-Minas consiga conviver com os estaduais. Serão 16 datas ou 18 se estiverem os cariocas.
Dinheiro: Do que for arrecadado, quanto vai para cada um. A ideia é que a diferença não seja tão grande como no Brasileiro
Segundo Macias, já confirmaram presença na reunião representantes de Internacional, Grêmio, Atlético, Figueirense, Avaí, Criciúma, Chapecoense, Joinville, Cruzeiro e Atlético-MG, além dos convidados Flamengo e Fluminense.
“A expectativa é de uma reunião decisiva, que encaminhe bem todos os assuntos”, afirmou o vice-presidente da CBF, Delfim Peixoto Filho, que também é presidente da Federação Catarinense de Futebol e estará na Arena do Grêmio. A entidade de Santa Catarina, por sinal é a única que sinalizou apoio ao novo empreendimento. A equivalente gaúcha apresentou menos resistência: pode apoiar, mas depende de quem for o investidor. Totalmente contrária mesmo é a federação carioca.
Já o presidente da Federação Paranaense de Futebol, Hélio Cury, prefere não fala sobre o assunto. Por enquanto. A entidade afirmou, via assessoria de imprensa, que só irá se posicionar quando a competição tiver um desenho mais sólido, mais definitivo.
Como as instituições regionais terão papel fundamental na Copa Sul-Minas, a ausência de seus representantes nas discussões foi criticada por Peixoto Filho. “Eu acho que deviam ter convidado os presidentes das federações. Afinal, quem vai coordenar os jogos nas respectivas praças são elas. Foi um erro”, opina.
Uma briga que o coxa-branca André Macias espera que seja resolvida o quanto antes. “A Federação tem de ter como objetivo servir os clubes e não o contrário. É um absurdo os clubes serem favoráveis e as federações contra. Até porque os clubes não querem abandonar os estaduais e sim ampliá-los”, defendeu o organizador da Sul-Minas.
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