A prefeitura do Rio de Janeiro e o consórcio responsável pela construção do Engenhão, formado pelas empresas Odebrecht e OAS, apontaram nesta quarta-feira (27) o deslocamento da cobertura do estádio como motivo da interdição do local, por risco de desabamento. A posição da estrutura, no entanto, não mudou desde a inauguração do estádio. Portanto, o Engenhão oferece risco aos torcedores desde que foi inaugurado para os Jogos Pan-Americanos de 2007, ao custo de R$ 380 milhões.
"Desde 2007, não há nenhum deslocamento na cobertura do estádio", disse o engenheiro do consórcio Engenhão, Marcos Vidigal. Segundo ele, havia um deslocamento previsto depois que fossem retiradas as escoras da cobertura, mas apenas agora foi divulgado que acabou sendo maior do que o esperado.
Por isso, o estádio estava sendo monitorado desde a inauguração, mas só em 2012 foi feito um estudo aprofundado, por uma empresa alemã, que apontou o risco de "ruína" com ventos acima dos 62 km/h. O resultado do estudo foi apresentado na terça-feira à prefeitura, e o prefeito Eduardo Paes decidiu então pela interdição.
Antes dos responsáveis pela construção do Engenhão concederem entrevista coletiva nesta quarta-feira pela manhã, Eduardo Paes garantiu, em entrevista à TV Globo, que não existe o risco de o estádio ser demolido por causa dos problemas estruturais. Ele também prometeu fazer uma auditoria para apurar as responsabilidades do caso, assim como disse esperar que o local seja liberado novamente para jogos o mais rápido possível.
Nesta quarta, porém, Armando Quiroga, representante do Consórcio Engenhão, evitou fixar um prazo para reabertura do estádio. "Pode ser um mês, seis meses, o tempo necessário", avisou, enfatizando que o importante agora é estudar os problemas que afetam a cobertura e avaliar os riscos que ela representa aos torcedores.
Deixe sua opinião