O fim de semana foi quente para Atlético, Coritiba e Paraná. Na Série A, os resultados do Furacão contra o Atlético-MG (1 a 1) e do Coxa com o Santos (derrota por 2 a 1) acabaram marcados por protestos contra a arbitragem. E na Série B, o Tricolor apenas empatou com o Bahia (0 a 0), diante de seu pior público em 2016, somente 2.716 pessoas. São temas para os colunistas da Gazeta do Povo Carneiro Neto, Luiz Augusto Xavier e Édson Militão. Confira!
Paulo Autuori e Gilson Kleina fizeram certo ao reclamar da arbitragem nos jogos de Atlético e Coritiba?
Carneiro Neto
Acredito que não é conveniente que se exponham dessa maneira. O Autuori até surpreendeu, por ser um homem normalmente equilibrado. Agora, não há dúvida que as arbitragens são péssimas. Tento me colocar no lugar dos técnicos, é uma pressão grande que sofrem. Mas entendo que é melhor se preservar.
Luiz Augusto Xavier
Certo, não é. Mas as pessoas se irritam de tal forma que não conseguem segurar. Estão vendo o seu trabalho ser manchado por erros de outros. Não é fácil. Dessa forma, acredito que não é recomendável, mas é compreensível.
Édson Militão
De forma alguma. Hoje, com o recurso da televisão, não cabe mais reclamação. Está todo mundo vendo o que aconteceu. Não precisa de escândalo, acabou. Achei absurda a atitude, especialmente do Autuori. Nunca vi grandes técnicos, como o Pep Guardiola, por exemplo, reclamando acintosamente desse jeito.
O Coritiba conseguirá suportar a pressão da torcida pela saída do Kleina?
Carneiro Neto
Acho muito difícil suportar. Os resultados não estão sendo bons. O Coritiba foi eliminado da Primeira Liga, caiu na Copa do Brasil diante do Juventude, em casa, e perdeu o título do Paranaense para o rival Atlético de forma até chocante. E o Brasileiro é um campeonato de perde e ganha, não será nada fácil.
Luiz Augusto Xavier
O Coritiba já conseguiu suportar antes. O Kleina vinha sendo cobrado no Paranaense e aos poucos foi arrumando o time. Eu vejo que falta jogador ao Coritiba. Sem três ou quatro titulares, como ocorreu na decisão do Estadual, fica difícil. O técnico está se virando com o que tem no momento.
Édson Militão
Acho que o Coritiba não suporta. Não é possível avaliar o Kleina ainda pelo Brasileiro, muito cedo. Ganhou um jogo e perdeu outro, nas circunstâncias que foi. Mas o conjunto da obra dele é ruim. Saiu da Primeira Liga, da Copa do Brasil e perdeu o Estadual. Acredito que não aguenta.
Por que a torcida do Paraná se afastou do time após o Estadual?
Carneiro Neto
Falta motivação ao torcedor do Paraná. O futebol é uma atividade lúdica e o paranista estava empolgado com o início do Estadual, ávido por um título. E viu o time ser eliminado nos pênaltis, na Vila Capanema, para o Atlético. Depois, caiu na Copa do Brasil. É pesado. São uma série de circunstâncias que fez o torcedor se desanimar.
Luiz Augusto Xavier
É o comportamento básico do torcedor, e historicamente é assim no Paraná. Como já diz o hino do clube, “nasceste gigante”, o Paraná nasceu ganhando e o torcedor ficou mal-acostumado. Há 3 mil paranistas fieis que vão sempre, na boa ou na podre. Mas há muitos que vão só na boa. O Claudinei Oliveira dizia que o projeto era para o Brasileiro, mas os paranistas se empolgaram com a boa campanha no Estadual. E o torcedor sempre quer mais.
Édson Militão
O Paraná precisa ter mais criatividade. Se a Vila Capanema está vazia, se há espaço, é necessário criar alternativas para encher, com preços mais baixos, alguma coisa. E, mais importante que isso, o Paraná não teve novidade nenhuma após o Estadual. Foi eliminado da Copa do Brasil, perdeu o primeiro jogo da Série B, resultados que não animam o torcedor. É um processo natural.
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