O ex-presidente da CBF José Maria Marin não consegue levantar o dinheiro para sua fiança e pode ser obrigado a retornar à prisão. Numa carta aos juízes americanos, os advogados do ex-cartola indicaram que estão com “dificuldades” para reunir o volume de dinheiro solicitado pela Justiça. Mas pedem que os juízes aceitem um adiamento do depósito.
Marin foi preso no dia 27 de maio, em Zurique, e indiciado por corrupção. Ele acabou aceitando sua extradição aos Estados Unidos no início de novembro e indicou que estaria disposto a pagar uma fiança de US$ 15 milhões para aguardar por seu julgamento em um apartamento na Trump Tower, em Nova York.
No dia 3 de novembro, Marin apareceu diante da Corte americana e se declarou “não culpado”. O juiz Raymond Dearie estipulou ainda que o brasileiro pagasse US$ 1 milhão em dinheiro, outros US$ 2 milhões em papéis de garantias de bancos, além de ter seu apartamento confiscado. Tudo isso deveria estar depositado na administração americana no dia 6 de novembro.
Um dos principais problemas se refere a um pagamento de US$ 1 milhão que teria de entrar na conta da Justiça na segunda-feira. Os documentos sobre o apartamento foram de fato entregues. Mas os advogados solicitaram um adiamento do prazo para depositar o dinheiro e as garantias dos bancos.
“Esperávamos depositar US$ 1 milhão em dinheiro hoje (segunda). Mas enfrentamos algumas dificuldades”, disse Charles A. Stillman, um dos advogados de Marin, ao juiz Dearie em uma carta obtida pela reportagem.
Stillman garantiu que um cheque avaliado em US$ 769 mil seria depositado ainda nesta terça, com as movimentações bancárias. “Com relação às garantias de US$ 2 milhões, uma carta de crédito foi obtida de um banco brasileiro e estamos trabalhando para finalizar a emissão dos bônus”, explicou.
Numa súplica ao juiz, o advogado ainda indicou que ele e seu cliente estão fazendo de tudo para conseguir realizar o depósito. “Tenha certeza de que todo o esforço está sendo feito para cumprir as obrigações da fiança”, escreveu.
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