Por meio do Twitter, Pelé afirma estar bem
No fim da noite de terça-feira, Pelé postou uma mensagem na conta oficial dele no Twitter e negou ter sido levado para a UTI.
"Gostaria de aproveitar a oportunidade para informar a vocês que estou bem. Não estive sob cuidados intensivos hoje, eu apenas fui colocado em um quarto especial pelo hospital por questões de privacidade", postou.
Internado no hospital Albert Einstein desde segunda-feira (24), depois de exames de revisão de sua cirurgia de cálculos renais revelarem um quadro de infecção urinária, Pelé, de 74 anos, foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na tarde desta quinta-feira (27).
Segundo boletim do hospital divulgado às 20h, ele está "temporariamente em tratamento de suporte renal [hemodiálise], sem necessidade de outras terapias de suporte". Ainda assim, o hospital informa que Pelé teve "melhora de sua condição clínica".
A Folha de S.Paulo apurou que Pelé apresentou sinais de sepse, ou seja, focos infecciosos nos rins. Como a infecção não respondeu aos primeiros antibióticos, houve paralisação na função renal. Isso significa os órgãos passaram a não filtrar mais as impurezas do sangue. A máquina, então, está fazendo essa função.
A sepse, conhecida antigamente como "septicemia" ou "infecção generalizada", tem vários estágios. Se não controlada rapidamente e de forma adequada, pode levar o paciente à morte.
Por isso, a equipe médica de Pelé tomou a decisão de entrar com antibióticos mais pesados, colocá-lo em hemodiálise e mantê-lo na UTI.
O fato de ser um paciente idoso (apesar da aparente boa saúde) aumenta o risco de o quadro piorar.
Mas, conforme a Folha de S.Paulo apurou, o caso inspira cuidados. Nas sepses mais graves, a pessoa apresenta queda da pressão arterial e pode desenvolver insuficiência respiratória, precisando de ventilação mecânica (respiração artificial). Por ora, Pelé não precisou desse recurso.
De acordo com o boletim divulgado pelo hospital às 16h10 desta quinta, o ex-jogador passava por "instabilidade clínica" e foi transferido "para receber os melhores cuidados". O boletim de quarta (26) dizia que Pelé fazia tratamento com antibióticos por via endovenosa e o seu estado de saúde era estável.
Na tarde desta quinta, Claudio Lottemberg, presidente do Hospital Albert Einstein, havia descartado o diagnóstico de sepse, mas disse que não tinha autorização da família de Pelé para dar mais informações.
A internação de Pelé ocorreu exatos 11 dias após ele ter recebido alta no mesmo hospital, na zona sul da capital. Na primeira vez que foi internado, ex-jogador sentiu uma indisposição estomacal, causada pela alimentação, durante o último dia 12.
Os exames detectaram pedras nos rins, nos ureteres e na bexiga, e Pelé foi submetido a uma cirurgia no último dia 13. Recebeu alta no sábado, no dia 15.