Rogério Ceni abriu o placar para o São Paulo no Castelão.| Foto: Jarbas Oliveira/Folhapress

O São Paulo não foi brilhante, mas conseguiu impor a sua qualidade técnica nesta quarta-feira para se classificar às quartas de final da Copa do Brasil. Com um jogador a mais desde os 40 minutos do primeiro tempo, o time do Morumbi venceu o Ceará por 3 a 0, na Arena Castelão, em Fortaleza, e cumpriu a sua obrigação (na ida, havia perdido por 2 a 1). Mesmo diante do vice-lanterna da Série B, teve dificuldades. Além da vaga, interrompeu a série de três derrotas seguidas.

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O rodízio de atletas foi mantido no São Paulo, mas, desta vez, por questões puramente médicas. Lucão e Luis Fabiano, lesionados, foram trocados por Rodrigo Caio e Guisao. O técnico colombiano Juan Carlos Osorio foi coerente e manteve o que considerou positivo no primeiro jogo. Carlinhos continuou espetado na direita, como ponta, e Thiago Mendes foi o primeiro volante, com a função de proteger os dois zagueiros.

Vale lembrar que a escalação também era praticamente a mesma do jogo de ida, ou seja, o Ceará estava com o time reserva, pois continua mais preocupado em se manter na Série B do Campeonato Brasileiro - a equipe é a vice-lanterna. Eram todos os jogadores atrás da linha da bola à espera de um contra-ataque. Ele veio aos 26 minutos. Fabinho chegou na cara de Rogério Ceni, mas chutou fraco. Foi a melhor chance dos cearenses no primeiro tempo.

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Os problemas do São Paulo também deixaram uma sensação de déjà vu. A equipe tinha uma enorme lentidão para se livrar da marcação e finalizava pouco. Sempre com um zagueiro pendurado em seu cangote, Paulo Henrique Ganso não criava nada. Aos 20 minutos da etapa inicial, o time começou a cruzar bolas na área.

Esta busca pelo gol era nervosa e conflituosa. Jogo pilhado, cheio de discussões. Esse foi o pecado do Ceará no jogo: errar a medida da garra e da vontade e transformá-las em jogadas violentas. No final do primeiro tempo, Wellington Carvalho foi expulso ao dar um carrinho em Alexandre Pato.

A maré virou totalmente a favor do time paulista quando Carlinhos foi derrubado por Sanchez. Depois de 45 minutos, finalmente o jogador conseguiu jogar pelo lado. Rogério Ceni abriu o placar.

No segundo tempo, a expulsão do zagueiro fez com que o São Paulo subisse mais um degrau na partida. A distância técnica entre as equipes se tornou também numérica. O dique cearense mostrou suas infiltrações no começo do segundo tempo. Thiago Mendes teve espaço para chutar e soltou uma bomba rasteira e colocada que deu a vantagem de que o time precisava no placar: 2 a 0.

Aí, Osorio mostrou que também sabe fechar a casinha. Colocou Hudson e Wesley e abriu mão de sua famosa ofensividade. O jogo, no entanto, continuou perigoso para o São Paulo. Zagueiros sempre adiantados e expostos. Prova dessa instabilidade foi a bola na trave que Rogério Ceni sofreu após linda cobrança de falta de Fabinho.

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Foi Alexandre Pato, o melhor jogador da era Osorio, que definiu a classificação. Após boa jogada de Bruno, ele chutou de primeira e deu uma pausa na crise que tomava conta do Morumbi.

FICHA TÉCNICA:

CEARÁ 0 x 3 SÃO PAULO

CEARÁ - Luís Carlos; Gilvan (Sandro), Charles e Wellington Carvalho; Tiago Cametá, Carlão, João Marcos, Wescley (Julio Cesar) e Sanchez; Fabinho e Siloé. Técnico: Marcelo Cabo.

SÃO PAULO - Rogério Ceni; Bruno, Rodrigo Caio, Luiz Eduardo e Reinaldo (Matheus); Thiago Mendes, Michel Bastos (Wesley), Carlinhos e Paulo Henrique Ganso; Wilder (Hudson) e Alexandre Pato. Técnico: Juan Carlos Osorio.

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GOLS - Rogério Ceni (pênalti), aos 45 minutos do primeiro tempo; Thiago Mendes, aos 10, e Alexandre Pato, aos 30 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - João Marcos, Siloé, Tiago Cametá, Carlão, Siloé e Carlão (Ceará); Thiago Mendes, Michel Bastos e Reinaldo (São Paulo).

CARTÃO VERMELHO - Wellington Carvalho (Ceará).

ÁRBITRO - Pablo dos Santos Alves (PB).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

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LOCAL - Arena Castelão, em Fortaleza (CE).