O presidente do Corinthians, Mário Gobbi, afirmou que o clube está coletando imagens do circuito interno do CT Joaquim Grava e recrutando vítimas que estavam no local durante os atos violentos do último sábado (1º). O material será enviado à polícia que também colherá depoimentos de jogadores que foram alvos dos cerca de 100 vândalos que invadiram o treino da equipe.
"Vamos redigir uma solicitação de apuração dos fatos e inquérito policial porque foram configurados aqui no nosso CT alguns crimes como furto, ameaça e lesão corporal", disse Gobbi, ao comentar o episódio no qual até o peruano Paolo Guerrero, herói corintiano do título mundial de 2012, foi agredido no meio da confusão. "O Corinthians não defende a impunidade. As pessoas têm que responder pelos seus atos", completou o presidente.
As agressões aconteceram depois da goleada por 5 a 1 sofrida para o Santos, quarta-feira passada, na Vila Belmiro, pelo Campeonato Paulista. Na partida seguinte, no último domingo, o clube do Parque São Jorge perdeu por 2 a 1 para a Ponte Preta, em Campinas.
O presidente corintiano, que também fez carreira como delegado policial, afirmou que o clube não tem o poder legal de fiscalizar a torcida e não tem culpa pelo episódio ocorrido no último sábado. "Isso não é função minha, não tenho que fiscalizar se torcida A ou B brigou, jogou pilha no campo. Há uma inversão de valores total, estão cometendo uma violência de punir clubes por ação de torcedores, como se o clube pudesse escolher quem pode torcer para ele", defendeu.
O Corinthians contratou sete seguranças particulares para cuidar dos arredores do seu CT nesta segunda-feira pela manhã, temendo novas ações violentas no local.