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O Corinthians está cada vez mais afundado na crise. Nesta quarta-feira, em pleno Pacaembu, conheceu a sua quarta derrota seguida no Campeonato Paulista ao perder por 2 a 0 para o Bragantino, pela sexta rodada da competição. A equipe só não está na zona de rebaixamento porque o Ituano, hoje o lanterna do Grupo B, tem um jogo a menos. No começo da partida as organizadas esboçaram um protesto, brigaram com torcedores que apoiavam o time, apanharam da polícia, mas logo a situação foi resolvida.

Negociando com o São Paulo uma troca por Jadson, Pato nem foi ao Pacaembu. Mano Menezes também testou Ramírez e Zé Paulo no meio, sem sucesso. Na zaga, Felipe fez um gol contra e desviou o chute culminou com o segundo do time de Bragança Paulista. No último quarto do jogo, o time teve um jogador a mais em campo mas sequer conseguiu descontar.

O Corinthians tem apenas seis pontos, no quarto lugar do Grupo B, só à frente do Ituano pelo saldo de gols e porque o time de Itu não atuou na primeira rodada. No domingo, se não houver greve, como querem os jogadores do clube, pega o Mogi Mirim, fora de casa. Já o Bragantino, com 12, é o segundo do Grupo D e se prepara para receber o Botafogo, sábado, em Bragança.

O JOGO - Quando o Corinthians entrou em campo, as torcidas organizadas, que costumam ficar na arquibancada amarela, atrás do gol de entrada, permaneceram sentadas, sem fazer barulho, fosse com cânticos ou bateria. O grupo de uma das torcidas até usava esparadrapo na boca.

Quando torcedores comuns acompanharam os demais setores do estádio e começaram a cantar, os organizados foram para cima, exigindo silêncio. A Polícia Militar interveio, acertando os vândalos com cassetetes e dispersando a confusão. Um tempo depois, com o Corinthians já atrás no placar, eles passaram a incentivar a equipe.

Enquanto a confusão acontecia, o Corinthians jogava melhor. Com um minuto, Guilherme chutou e Rafael Defendi honrou o sobrenome. Aos 10, Romarinho invadiu a área e mandou para fora. Mas faltava aquela boa vontade tão cobrada pelos torcedores corintianos - organizados ou não.

A apatia acabou punida aos 27 minutos. Cesinha cruzou da direita Walter estava na bola, mas Felipe tentou cortar e mandou contra. O jogador, que veio exatamente do Bragantino, no ano retrasado, foi titular porque Gil e Paulo André foram expulsos na rodada passada.

O Corinthians sequer esboçou reação antes de levar o segundo, aos 39. E novamente Felipe falhou. Tássio recebeu cobrança de lateral, invadiu a área pela linha de fundo e chutou. A bola bateu no zagueiro, no travessão, na trave, dentro do gol, e voltou para o próprio Tássio garantir o gol.

Mano não mexeu no time no intervalo e o terceiro só não saiu já aos 2 minutos porque Walter teve reflexo para pegar o chute forte de Léo Jaime. A desatenção era tanta que a bola chegou ao atacante depois de um chutão do goleiro e um desvio de cabeça no meio do caminho, apenas.

Quando Ralf e Uendel saíram para entrarem Emerson e Jocinei, o Corinthians melhorou um pouco, depois de mais meio tempo de pouca movimentação. Aos 27, Emerson recebeu em posição de impedimento, iria sair na cara do goleiro, mas foi derrubado por trás por Francesco. O árbitro Guilherme Ceretta ignorou que o lance era ilegal e expulsou o volante do time de Bragança.

Com um homem a mais, o Corinthians se lançou ao ataque, mas logo ficou sem o jovem Zé Paulo, que deu lugar a Danilo.

FICHA TÉCNICA:

CORINTHIANS 0 X 2 BRAGANTINO

CORINTHIANS - Walter; Fagner, Cléber, Felipe e Uendel (Jocinei); Ralf (Emerson), Guilherme, Luis Ramírez e Zé Paulo (Danilo); Romarinho e Paolo Guerrero. Técnico - Mano Menezes.

BRAGANTINO - Rafael Defendi; Alexandre, André Astorga e Guilherme Mattis; Geandro, Francesco, Gustavo e Magno (Mateus); Léo Jaime (Elias), Cesinha e Tássio (Alex). Técnico - Marcelo Veiga.

GOLS - Felipe, contra, aos 27, e Tássio, aos 39 minutos do primeiro tempo.

ÁRBITRO - Guilherme Ceretta de Lima.

CARTÕES AMARELOS - Guilherme e Léo Jaime.

CARTÃO VERMELHO - Francesco.

RENDA - R$ 267.267,50.

PÚBLICO - 10.094 pagantes.

LOCAL - Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP).

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