Desta vez se referindo à próxima temporada, o meia coxa-branca Alex voltou a criticar o calendário do futebol nacional, com sua pesada sequência de jogos. Ele também revelou que os atletas estão se mobilizando para tentar mudar as coisas em 2015.
"O calendário para o ano que vem é absurdo para todos. Os jogadores estão conversando, para ver se a gente consegue ser ouvido. Quem está perdendo é o futebol brasileiro", disse Alex, que já vinha criticando sistematicamente o calendário deste ano.
Ele se refere agora o planejamento divulgado na semana passada pela CBF e que - por causa da parada para a Copa do Mundo no meio do ano - prevê apenas quatro ou cinco dias de pré-temporada se for cumprida a lei trabalhista que determina 30 dias de férias.
Como o Brasileirão acaba no dia 8 de dezembro, os jogadores só voltariam ao trabalho em 7 de janeiro. E a primeira rodada da maioria dos principais estaduais (entre eles o Paranaense) está prevista para os dias 11 e 12 de janeiro.
"A nossa esperança é que o calendário para 2015 seja diferente. Que seja pensado nesse lado, para que os atletas sejam ouvidos. A final da Copa Sul-Americana, se chegarmos, é dia 12 de dezembro. Em 12 da janeiro começa o Paranaense. Como vamos fazer isso?". A pré-temporada não é para o Estadual, é para o ano todo. O calendário não é pensado nos jogadores", reforçou Alex.
Aos 36 anos, Alex não tem jogado todas as partidas pelo Coritiba. Tanto é que, neste Brasileirão, fez 16 jogos, ficando fora de outros sete, mesmo sem ter cumprido suspensão.
"Quando eu jogava somente os domingos, jogava todos os jogos. Domingo-quarta-domingo é de agosto até dezembro. Como questionar os técnicos? Não temos tempo de treinar. Você perde o prazer de vencer, de sentir o resultado. Não tem tempo para isso. O calendário deveria respeitar as férias e preparação dos times", criticou.
Para ele, a solução é diminuir o número de datas dos estaduais (21). "O Campeonato Brasileiro tem de ser o carro chefe. Acredito que os regionais deveriam ser classificatórios e vistos de outra maneira. Se as pessoas olharem para isso, sem a visão do clube, vão ver que é algo ruim para todos: clubes e atletas".
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