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Alex pode fazer primeira partida oficial no retorno ao Coxa contra o Jotinha | Walter Alves/Gazeta do Povo
Alex pode fazer primeira partida oficial no retorno ao Coxa contra o Jotinha| Foto: Walter Alves/Gazeta do Povo

Estádio

Com simpatia da prefeitura, Coritiba dá mais um passo para erguer a nova Mauá

O Coritiba dá, amanhã, um passo decisivo para que Alex possa, no ano que vem, jogar diante da nova Mauá. O clube entrega à prefeitura o projeto de ampliação do setor, intervenção no Couto Pereira que conta com a simpatia do prefeito Gustavo Fruet.

"Temos o entendimento de que a Copa de 2014 é boa para toda a cidade. Conversei com o presidente Vilson e a prefeitura será parceira dos clubes de Curitiba em alguns projetos", afirmou Fruet. Vilson Ribeiro de Andrade confirmou o contato, porém deu poucos detalhes do que seriam esses projetos. "O prefeito pediu que levemos o projeto à Secretaria de Urbanismo e disse que a prefeitura ajudará no que for possível", limitou-se a dizer.

O Coritiba pretende iniciar a obra em fevereiro e concluir o setor até o fim do ano. Paralelamente, segue com planos de construir um estádio novo. Em dezembro, a diretoria coxa divulgou nota criticando a concessão de potencial construtivo do município para a obra da Arena para a Copa.

O jogo

A falta de ritmo de jogo pesou na estreia do time principal do Coritiba no ano. Longe da condição física ideal, o Coxa teve para furar a marcação do Colón. O talento de Alex e o oportunismo de Deivid evitaram a derrota.

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Alex entregou o que o torcedor esperava. Distribuiu passes de classe. Marcou um bem anulado gol olímpico em que a bola desafiou as leis da física. Cobrou três faltas magistrais – duas na trave e outra na gaveta, defendida pelo goleiro Bailo. O Coritiba, não. Sentiu o peso do início de temporada e quase estragou a festa do camisa 10. Deivid evitou o pior, nos acréscimos, ao selar o 1 a 1 com o Colón, em um jogo nada amistoso – 41 faltas, cinco expulsões e um clima de Libertadores que o Coxa espera sentir em 2014 pelos pés de Alex.

O menino de ouro alviverde foi onipresente no Couto Pereira. Máscaras de papelão faziam com que o rosto de Alex estivesse em todos os cantos do estádio. Camisas do Fenerbahçe e uma bandeira da Turquia em alguns pontos da arquibancada, além de uma placa em turco atrás de cada gol, lembravam que na junção entre a Europa e a Ásia havia uma torcida tão ansiosa quanto a coxa-branca por vê-lo.

A viagem de Alex, contudo, foi bem mais distante que a de Istambul a Curitiba, feita em outubro. No ônibus a caminho do estádio, percorreu o trajeto que fazia a pé no início da carreira, do trabalho no Centro para os treinos no Alto da Glória.

"A emoção bateu mais forte quando a gente passou ali pela Santos Andrade, Círculo Militar, o caminho que eu fiz muitas vezes a pé. Os estudos já tinham ficado para trás, jogar futebol era minha última chance na vida", disse. "Hoje eu sou casado, tenho três filhos e minha família está ali esperando para ir embora. Naquele tempo, saíamos o Dirceu, o Cuquinha e eu a pé, esperávamos a torcida dispersar para atravessar o Centro", comparou.

Já no estádio, exerceu o papel que lhe cabe hoje. Em um time recheado de garotos, atuou como tranquilizador e motivador. "Existem profissionais que passam a carreira inteira sem jogar uma partida para um público desses [14 mil pessoas]. Eles estavam tendo essa chance já na estreia, tinham de aproveitar", contou.

No campo, exibiu todo seu repertório. Menos no primeiro tempo, em que a marcação forte o deixou limitado a contemplar o estádio em que pisou pela primeira vez aos 9 anos. No segundo, com um posicionamento diferente, caindo pelos lados do campo, regeu o time. Esteve quatro vezes perto do gol. Não conseguiu, não reclamou.

"Deus sempre esteve do meu lado, não tenho que reclamar dele [porque a bola não entrou]. Quando precisar, valendo três pontos, vai entrar", afirmou, ciente de que terá, em sete dias, dois jogos valendo três pontos, contra J. Malucelli e Paraná. Depois, entra em uma programada alternância de atuações e períodos de descanso. "Sou um carro rodado, preciso de manutenção", brincou.

Após uma inatividade de quase quatro meses – não jogava desde 30 de setembro –, suportou todos os 97 minutos de jogo. Correu para agradecer à torcida que o aplaudiu sempre que tocou na bola. "Foi bom para quebrar o gelo", afirmou. Para a torcida, ficou a certeza de que o melhor Alex voltou ao Alto da Glória.

Piazada coxa tenta superar anticlímax

Adriana Brum

Se o início deste Paranaense tem sido a chance de os mais jovens do Coritiba mostrarem seu valor, neste domingo o clube tenta superar um adversário extra: o anticlímax. Ainda sob efeito da rees­­treia de Alex, ontem, os aspirantes do Coxa enfrentam, às 17 horas, o Cianorte, no Albino Turbay.

Enquanto a festa para receber o camisa 10 embalava os fãs no Alto da Glória, o elenco viajava para o No­­roeste do estado. Uma situação que não preocupa o treinador, que trabalhou ontem e vai comandar o time neste domingo.

Segundo Marquinhos San­­tos, o grupo B "tem consciência do caminho a trilhar para no futuro também festejar com a torcida". "A partida [contra o Cia­­norte] é importante, vale para que possamos tentar alcançar o Londrina na busca do título ainda no primeiro turno."

O meia Djair destacou que nem o fato de enfrentar a única equipe que ainda não pontuou no regional torna o confronto menos importante. "Eles querem se reerguer."

O critério para decidir quem ficaria em Curitiba e quem seguiria para o interior foi informado aos jogadores há uma semana por Marquinhos Santos, que viajou para Cianorte logo após o jogo com o Colón. "É a chance de colocar uma pulga atrás da orelha do Mar­­quinhos", fecha Djair.

Ao vivoCianorte x Coritiba, às 17 h, na RPC TV.

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