Uma definição sobre a nova casa provisória do Atlético durante a Série B do Brasileiro está programada para hoje na Confederação Brasileira de Futebol (CBF). É o limite, de acordo com a assessoria de imprensa da entidade, já que o Furacão tem até amanhã para indicar onde enfrentará o Ipatinga, primeiro compromisso como anfitrião, no dia 5 de junho. O assunto teria sido uma das pautas de uma reunião de ontem no Rio.
Em Curitiba, um dia após perder o título estadual no Couto Pereira, cresceu nos bastidores o rumor de que o Furacão teria conseguido forçar o empréstimo da casa alviverde para as primeiras cinco rodadas como mandante.
Informação não confirmada pelos clubes e nem pela CBF, que recebeu da dupla Atletiba versões sobre a necessidade de uso e o desejo de veto do estádio. Tema que levou a um grande desgaste político entre os maiores rivais locais.
Pelo lado rubro-negro, o Alto da Glória seria a melhor alternativa, além da Vila Capanema que o Paraná afirma não pretender mais alugar ao adversário , para o time atuar perto da torcida. O fechamento da Arena para obras da Copa do Mundo de 2014 seria o argumento do clube para invocar a ajuda da CBF, que teria o poder de solicitar o estádio alviverde conforme lhe assegura do artigo 7.º do Regulamento Geral das Competições.
O Coritiba, que ganhou na Justiça Desportiva o direito de não ceder sua casa para o Atlético durante o Estadual, notificou a CBF sobre a decisão e também se reuniu com o diretor de competições da entidade, Virgílio Elísio, apresentando seu posicionamento contrário a um acordo sobre a cessão da praça esportiva.
"Não acredito que a CBF vá se envolver em uma discussão como essa", disse o presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, por telefone, ontem à noite, do Rio de Janeiro. Ele atribui a viagem a compromissos profissionais do seu escritório. No Coritiba, a informação é de que a agenda do dirigente incluiria um contato com a CBF. Pela manhã, em entrevista à Rádio Transamérica, Ribeiro declarou que após as atitudes do Atlético antes da final de domingo, se sentia à vontade para negar a cessão de seu patrimônio ao Rubro-Negro. "O Coritiba não sabe de nada [sobre os boatos de o Atlético jogar cinco partidas no Couto]. Vindo lá de baixo, a gente nunca sabe o que é verdade o que é mentira", reforçou Ribeiro de Andrade à Gazeta.
"Não entendo essa obsessão do Atlético pelo Couto Pereira. Atlético e Ipatinga, 9 horas da noite, quem vai? Não precisa de um estádio desse tamanho", exemplificou o vice-presidente de futebol do Coxa, Ernesto Pedroso.
De acordo com a assessoria de imprensa do Atlético, até ontem não havia nenhuma decisão sobre o assunto, mas o desejo do clube continuava sendo de jogar na capital.