Lateral Filipe Ramon durante treino físico no CT da Graciosa: com problemas no registro na CBF, sua estreia segue indefinida| Foto: Andre Rodrigues/Gazeta do Povo

O técnico Marquinhos San­­tos tem enfrentado dificuldades para escalar laterais de ofício neste início de temporada. Com os titulares Vic­­tor Ferraz e Denis Neves machucados – ambos nem sequer jogaram neste ano – e Jackson e Eltinho também fora de combate, o treinador tem apenas Patric, que é lateral-direito e tem sido utilizado pela esquerda por falta de opções. Ou melhor, opção o treinador até tem.

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No entanto, por motivos burocráticos, o jovem Filipe Ramon, de 21 anos, ainda não pode jogar, apesar de estar treinando com o restante do elenco desde o final de janeiro. O lateral-esquerdo defendeu o Alviverde no Brasileiro Sub-20 que acabou em dezembro – o time parou nas semifinais – e foi incorporado na volta das férias ao time principal, mas ainda não tem a papelada regularizada.

Ele chegou a jogar neste ano o amistoso contra o Colón da Argentina por alguns minutos, mas como não era uma partida oficial não teve impedimento legal. Filipe Ramon tinha contrato com o clube até o fim do ano passado, mas a extensão do vínculo ainda precisa ser registrada no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF para que ele seja liberado para atuar pelo Paranaense e para as demais competições.

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O superintendente de fu­­tebol, Felipe Ximenes, ga­­rantiu que a situação do atleta está regularizada e que não há nenhum impedimento para que ele não jogue. Entretanto, ainda é preciso que a documentação chegue à Federação Paranaense de Futebol (FPF) e à Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

A expectativa é que isso ocorra na semana que vem – Eltinho já retorna para o Atletiba e a chance da estreia profissional de Filipe Ramon pode ser adiada.

Enquanto isso não acontece, Marquinhos Santos segue apelando para a improvisação. Ele reconhece as dificuldades, mas tem gostado das atuações de Gil e de Patric. "É uma situação que realmente tem dificultado nosso plano de jogo. Mas estamos conseguindo encaixar, na ausência dos laterais de ofício, um sistema de jogo que tem me agradado", comentou o treinador.

Gil, aliás, é praticamente um coringa. Só neste ano, jogou na dele, de volante, e também das duas laterais. Nada que o preocupe. "Vou ser cobrado jogando na minha ou como ala. Está dando certo e estou aproveitando essa chance que o Marquinhos tem dado. Procuro sempre retribuir essa confiança do treinador, tanto como volante quanto como lateral", disse Gil.

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