Depois do não de Ronaldinho Gaúcho, o Coritiba aposta em outro jogador formado no Grêmio para ser sua grande estrela para a temporada 2017.
O meia Anderson – revelado nas categorias de base do Tricolor, mas jogador do rival Internacional desde 2015 – chega nesta quarta-feira (22) a Curitiba para acertar os últimos detalhes de seu contrato de empréstimo com o Coxa. O atleta tinha um acordo verbal com o Alviverde há algumas semanas e aguardava a resolução de pendências financeiras com o Colorado para mudar de ares.
“Depende do acerto conosco. Ele chega amanhã [quarta-feira]. Estamos muito empolgados. É um jogador de 28 anos, com quatro anos de Manchester United. Não desaprendeu a jogar bola”, disse o diretor institucional do Coritiba, Ernesto Pedroso.
Segundo o dirigente, Anderson deve fazer exames médicos e assinar contrato ainda nesta quarta. “Ele se mostrou muito interessado em vir. Como é cria do Grêmio, a torcida do Inter não deixava ele em paz. Mas tem muita qualidade técnica”, fala Pedroso.
A carreira de Anderson foi meteórica. Defendeu o Grêmio profissionalmente entre 2004 e 2006, e marcou um gol histórico na Batalha dos Aflitos, contra o Náutico, em 2005. A vitória por 1 a 0 valeu o acesso gremista à elite.
Antes de virar herói para os gremistas, no entanto, o meia já estava vendido para o Porto, de Portugal, que pagou 5 milhões de euros em um jovem então com 18 anos. Pouco depois, em julho de 2007, o Manchester United comprou o gaúcho por um valor cinco vezes maior: 25 milhões de euros.
Foram seis temporadas na Inglaterra, quatro títulos da Premier League, uma Liga dos Campeões e um Mundial de Clubes. Treinado pelo lendário treinador escocês Alex Ferguson no Unted, o jogador aprendeu a atuar como segundo volante, posição onde se destacou.
Na temporada 2013-2014, Anderson foi emprestado a Fiorentina, onde fez apenas sete partidas. Depois, retornou a Porto Alegre, mas para defender o Inter. No Beira-Rio, porém, foi inconstante e não alcançou o sucesso esperado pela diretoria.
Em 2015, fez um gol e deu cinco assistências em 45 jogos. Melhorou no ano passado, quando marcou cinco vezes e deu sete passes para gol em 43 partidas. Acabou marcado, porém, pelo rebaixamento do Colorado à Série B.
“A volta dele foi muito difícil, não deu certo no rival. É a mesma coisa que botar o Alex para jogar no Atlético. Ou pegar o goleiro deles [Weverton] e colocar no Coxa. No primeiro frango, está morto”, compara Pedroso.