Apoio do grupo e da torcida persuadiram Alex a não deixar o Coritiba

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Alex por pouco não deixou realmente o Coritiba após a desclassificação no Campeonato Paranaense, domingo, no empate em 1 a 1 com o Maringá. "Foram dois dias de muita reflexão", resumiu na entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira, no CT da Graciosa.

O capitão alviverde confirmou que quase tomou a decisão de parar de jogar – ideia que o acompanha desde que o técnico Péricles Chamusca assumiu o clube no ápice da luta contra o rebaixamento do Brasileiro em 2013. Mas foi dissuadido pelo apoio dos companheiros de time e da torcida. Também confirmou a data de despedida do futebol: assim que terminar o Campeonato Brasileiro, em dezembro.

"Cheguei a dizer que viria ao clube somente para me despedir, mas teve um grupo de dez jogadores que me encheu muito o saco [para ficar]", disse em tom descontraído. "Esse grupo é fantástico", resumiu o apoio.

De todos que foram conversar com Alex para seguir no Alto da Glória, a palavra do gerente de futebol, Tcheco, foi a que mais pesou. Amigos pessoais desde a infância, quando jogaram futsal na AABB, Alex e Tcheco tiveram uma longa conversa após a queda no Estadual. Segundo o próprio capitão, a conversa foi uma das mais emocionantes de sua vida. "Pela nossa história, por todo o contexto, foi uma conversa muito emblemática", enfatizou Alex.

O carinho da torcida também pesou. Alex agradeceu o apoio na mobilização marcada pelo Facebook – na noite de terça-feira, cerca de 40 torcedores foram ao Couto Pereira para pedir a permanência do ídolo. "A imagem minha com meu filho [postada na comunidade #FicaAlex no Facebook] me emocionou muito", comentou.

Vilson

Alex garantiu não ter mais rusgas com o presidente Vilson Ribeiro de Andrade. Segundo o jogador, todas as diferenças que tinha com o dirigente foram resolvidas no dia em que o técnico Dado Cavalcanti, demitido na última segunda-feira, chegou ao clube, em dezembro.

"O que falam da minha relação com o Vilson, que eu não gosto dele, que ele não gosta de mim, é fofoca", enfatizou, sem comentar a carta escrita pelo elenco em fevereiro em que há fortes críticas ao presidente. O conteúdo, que vazou ao público em março, considera, entre outras coisas, a administração de Vilson "irresponsável". "Temos uma relação de empregado e patrão", analisou o relacionamento com o presidente.

O capitão disse que pretende se afastar da política do clube e focar mais no futebol. "Voltei ao Brasil para me divertir e vou começar a executar isso a partir do jogo com o Cene", disse Alex, referindo-se à partida de volta pela Copa do Brasil, no próximo dia 16. "Vou tentar ser mais alienado. Quando você é ignorante em algumas situações, você fica mais tranquilo", finalizou o meia.