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Há cinco anos, desde que retornou à elite do futebol brasileiro, o Coritiba aderiu a um roteiro perigoso na corda bamba do rebaixamento. Neste domingo (6), às 17 horas, contra o Vasco, no Couto Pereira, o torcedor conhecerá o desfecho de mais um campeonato flertando com a queda. Um empate é suficiente para os alviverdes respirarem aliviados.

Mas até quando? A temporada de 2011, que marcou o retorno à Série A, foi exceção na história recente coxa-branca, com briga pela Libertadores até a última rodada. No ano seguinte, o clube já iniciou a rotina de instabilidade ao terminar o Brasileiro na parte de baixo da tabela – ficou na 13.º colocação.

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Mas foi mesmo a partir de 2013 que a corda afrouxou e o desequilíbrio se evidenciou. Naquela edição, a equipe escapou apenas na última rodada ao bater o São Paulo, em Itu, com gol do zagueiro Luccas Claro.

“Foi uma campanha de muita superação, principalmente na reta final. E lembro que nos fechamos para não deixar o Coritiba cair”, conta Luccas que, ao lado do lateral-esquerdo Carlinhos, é o único remanescente do elenco atual.

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O Coritiba teve dois treinadores naquele ano (Marquinhos Santos e Péricles Chamusca) até apostar, a três rodadas do fim, no auxiliar-técnico como interino. “O Tcheco teve uma importância grande, foi uma mudança acertada. Ele conhecia muito o grupo, mesma coisa que está acontecendo com o Pachequinho agora”, reconhece o volante Willian Farias, titular em 2013 – hoje no Cruzeiro.

O prata da casa tem uma teoria sobre o motivo de o Coxa não conseguir se afastar do risco de descenso. “Na minha visão, o clube infelizmente não é organizado. Quando o problema não é salário atrasado, vem de fora, é externo. Dão autonomia para pessoas erradas. O clube precisa de mais torcedores de verdade no comando para crescer”, critica.

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Em 2014, o Coritiba evitou o rebaixamento na penúltima rodada, após vencer o Atlético-MG por 2 a 1, em Belo Horizonte. Nem por isso deixou de passar sufoco. O atacante Júlio César, por exemplo, lista uma série de erros. Segundo ele, além do planejamento falho, promessas não cumpridas resultaram em uma ruptura com a diretoria.

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“Teve jogador que estava para ser despejado. Eu, o Alex, o Robinho, o Keirrison, e o Vanderlei, tivemos de ajudar. Tinha muitas coisas erradas. Parte do elenco com direitos de imagem atrasado. O tempo passava, promessas não eram cumpridas e isso vinha prejudicando”, lembra o avante, que também estava no plantel coxa-branca em 2013 e que neste ano ajudou a salvar o Ceará da queda à Série C.

Quem não teve tanta sorte, por outro lado, não esquece da frustração. Foi assim em 2009, contra o Fluminense, no duelo que ganhou prorrogação com uma batalha campal entre torcedores e polícia no gramado do Alto da Glória.

“É muito difícil chegar na última rodada, contra um concorrente direto, ainda mais do eixo Rio-São Paulo. Tem que tomar cuidado com a arbitragem, uma série de coisas. Isso acaba sendo levado para o campo inconscientemente e atrapalha”, alerta o zagueiro Pereira, que permaneceu no clube até a metade de 2013.

Mas o veterano não tem dúvida que desta vez o final será diferente. O risco é de 1%. “As três vitórias consecutivas dão confiança... Eles vão conseguir pelo menos um empate para não fazer o torcedor sofrer”, acredita.

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