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Na volta ao Coritiba, onde brilhou entre 2009 e 2011, Marcos Aurélio acabou não convencendo e perdeu espaço no elenco. | Brunno Covello/Gazeta do Povo
Na volta ao Coritiba, onde brilhou entre 2009 e 2011, Marcos Aurélio acabou não convencendo e perdeu espaço no elenco.| Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo

Referendado pela boa primeira passagem pelo Coritiba , entre 2009 e 2011, o meia-atacante Marcos Aurélio voltou ao clube de maneira surpreendente. Em junho, aos 31 anos, trocou o Ceará, pelo qual tinha sido campeão da Copa do Nordeste no primeiro semestre, sem muito brilho, pelo Couto Pereira. Era uma aposta do então vice-presidente Ernesto Pedroso para ajudar o Alviverde a sair do buraco que se desenhava na classificação da Série A.

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As dúvidas de boa parte da torcida sobre o jogador de 1,67 m, porém, se concretizaram, com ele produzindo muito pouco. Além do baixo retorno técnico, acabou involuntariamente se tornando pivô de um grave conflito interno no clube, culminando no afastamento de dirigentes e estremecendo o clima já sombrio no Alto da Glória. Mal-estar que exigiu muito esforço nos bastidores para não atingir a equipe, justamente no momento em que esboçava um início de recuperação.

Em 14 jogos disputados, permanecendo em campo os 90 minutos em apenas 6 deles, Marcos Aurélio marcou um gol e deu duas assistências. Atualmente, vem realizando trabalho de reforço muscular, não é relacionado há sete partidas e tem sido figura ausente nos últimos treinamentos. Discreto com a chuteira nos pés, acabou assumindo um importante papel com as palavras, como líder do elenco.

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A turbulência criada pelo meia-atacante no Alto da Glória começou ainda antes da sua chegada. Pedroso teria fechado o negócio com o atleta sem ter o apoio maciço de seus parceiros de diretoria, levando Marcos Aurélio a rescindir o contrato com o Vozão. A transferência, todavia, empacou no G5 alviverde e só depois de muita disputa política o agora ex-vice-presidente conseguiu efetivar a contratação. Para isso, se desgastou, especialmente com o vice-presidente, André Macias – hoje licenciado do cargo justamente como consequência desse cabo de guerra.

Após o episódio, diretores e torcedores próximos a parte da cúpula alviverde criticaram agressivamente Pedroso e seus aliados em um grupo privado de troca de mensagens por celular. Trechos das conversas vazaram no que ficou conhecido como “crise do WhatsApp” e a bronca virou caso de polícia. Os envolvidos acabaram se afastando do comando do clube.

Durante esse período, quem sofreu por também acreditar no jogador foi o técnico Ney Franco. Ao escalar o atleta no jogo contra o Atlético-MG, no dia 3 de outubro, justamente a última aparição do jogador, o treinador foi duramente criticado. Reclamações que só aumentaram com a sequência de cinco derrotas seguidas e a posterior demissão do comandante.

Procurado para comentar o resultado da aposta em Marcos Aurélio, Pedroso desconversou. “Não quero dar opinião sobre mais nada, seja Coritiba ou Marcos Aurélio. Só quero viver a minha vida”, limitou-se a declarar.

Mesma postura adotada pelo diretor de futebol, Valdir Barbosa, por precaução, já que o Alviverde ainda luta contra o rebaixamento. “Eu não vou fazer nenhuma avaliação de jogador agora. Estamos em uma reta final de campeonato, não é o momento. Isso será feito após a competição”, resumiu o diretor de futebol, Valdir Barbosa.

Restou então a Marcos Aurélio virar um conselheiro para os colegas. “É muito importante. Ele passa bastante experiência para a gente, conta aquilo que ele vivia, como na final da Copa do Brasil de 2011 contra o Vasco”, conta o meia Thiago Lopes. “Ele nos ajuda muito, orienta e aconselha. É muito importante para quem está subindo da base ter esses jogadores experientes no grupo”, acrescenta a revelação.

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