Árbitro relata bombas e papel higiênico em chamas no Atletiba

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O árbitro Ricardo Marques Ribeiro denunciou o mau comportamento das torcidas de Coritiba e Atlético no Atletiba deste sábado (4), no Couto Pereira. O mineiro relatou na súmula arremesso de rolos de papel higiênico - um deles em chamas - pelos alviverdes e o de bombas contra a Polícia Militar pelos rubro-negros.

A primeira ocorrência registrada por Ribeiro foi no intervalo. Ele relatou ter observado que "oito rolos de papel higiênico foram arremessados na direção do túnel de acesso ao vestiário do Atlético" pela torcida do Coritiba, sem que nenhum atleta ou membro da comissão técnica fosse atingido.

Os outros dois episódios aconteceram ao fim do jogo. "Observei que mais quatro rolos, sendo um deles em chamas, foram arremessados por torcedores do Coritiba próximo ao túnel de acesso ao vestiário do Atlético. Tais objetos também não atingiram ninguém", escreveu.

Do outro lado do campo, três bombas explodiram no espaço destinado à torcida do Atlético. "Observei duas bombas sendo atiradas por parte de torcedores do Atlético, reproduzindo grande estrondo, em direção à polícia militar que se encontrava no anel superior fazendo o cordão de isolamento entre as duas torcidas", relatou o mineiro.

Ribeiro também relatou atraso de quatro minutos no início da partida. A CBF determina que os times entrem em campo dez minutos antes de a bola rolar. O Atlético entrou dois minutos depois do previsto e o Coritiba, quatro. Ao detalhar o retardo do começo do jogo, o árbitro mencionou a faixa levada pelos jogadores do Coritiba, cobrando pagamento de salário em atraso. Ele ressaltou que os jogadores mantiveram a faixa exposta durante a execução dos hinos.

Pelo arremesso de objetos, os dois clubes podem ser denunciados com base no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). As punições previstas são multa de R$ 100 a R$ 100 mil, além de perda de um a dez mandos se o ato for considerado de grande gravidade. Provocar atraso no início da partida, segundo o artigo 206, rende multa de R$ 100 a R$ 1 mil por minuto.