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Jogadores que retornam ao Alto da Glória, em geral, não reprisam o sucesso da primeira passagem pelo clube. | Arquivo/Gazeta do Povo
Jogadores que retornam ao Alto da Glória, em geral, não reprisam o sucesso da primeira passagem pelo clube.| Foto: Arquivo/Gazeta do Povo

A contratação do meia Tiago Real pelo Coritiba gerou indignação em parte da torcida do Coritiba nas redes sociais, afinal, o jogador revelado no Alto da Glória surgiu na mesma leva de Keirrison, Marlos e Willian Farias, em 2009, sem se destacar. Emprestado ao Joinville em 2011 e 2012, acabou negociado com o Palmeiras. Durante seu contrato com o time paulista, peregrinou emprestado por Náutico, Goiás, Bahia e Vitória, sempre com futebol discreto. Esse retrospecto, aliado ao histórico do clube em recontratar velhos conhecidos, explica o pé atrás dos alviverdes.

Relembre alguns casos de jogadores que tiveram duas passagens pelo clube, com maior ou menor grau de sucesso:

Tcheco
Antonio More/Gazeta do Povo

Polivalente, o meio-campista foi revelado pelo rival Paraná e passou pelo Malutrom (hoje J. Malucelli) antes de desembarcar no Alto da Glória em 2002. Em 46 jogos, marcou 17 gols, conquistando o Estadual de 2003 e se destacando na equipe que levou o clube à Libertadores do ano seguinte. Nem chegou a terminar o Brasileiro de 2003, saindo para a Arábia Saudita. Peregrinou por Santos, Grêmio e Corinthians antes de retornar ao Couto Pereira em 2010. Ficou até 2012 como jogador no Alviverde, tendo atuações regulares.

Jeci
Walter Alves/Gazeta do Povo

O zagueiro Jeci nunca foi unanimidade para os torcedores do Coritiba, mas teve papel fundamental em dois acessos à elite do Brasileirão. Em seu primeiro momento pelo Alviverde, foi campeão da Série B em 2007, apesar de ter sido expulso na partida decisiva contra o Santa Cruz. Foi o símbolo da raça da equipe naquele ano, seguindo para o Palmeiras em julho do ano seguinte. Sem convencer no Porco, Jeci trilhou o caminho de volta ao Alto da Glória em 2009, ano do fatídico rebaixamento com direito a invasão do Couto Pereira. Ficou no clube até 2011, participando de mais um título da Série B, em 2010, como líder do elenco nos vestiários e capitão dentro de campo. Saiu para o Kawasaki Frontale, mas antes fez questão de renovar contrato com o Coritiba, que lucrou com o empréstimo do atleta ao Japão.

Ceará
Arquivo/Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo

O lateral-direito teve sua primeira passagem pelo Coxa entre 2002 e 2003 – quando foi campeão estadual. Antes de se fixar no Paris Saint-Germain (2007 a 2012), passou por São Caetano e Internacional. Voltou ao Brasil para defender o Cruzeiro por três anos. Em 2016, já veterano, assinou com o Coritiba. Com problemas físicos, ficou muito tempo fora de ação, se recuperando de lesões, e atuou apenas 21 vezes antes de ser negociado com o Internacional durante o Brasileiro.

Bill
Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

O atacante com nome sonoro e qualidade técnica questionável virou xodó da torcida pela capacidade de marcar gols. Emprestado pelo Corinthians ao Coritiba entre 2010 e 2011, balançou a rede 28 vezes em 68 partidas. Foi bicampeão paranaense e da Série B, em 2010. Sua segunda passagem pelo clube, porém, não teve o mesmo brilhantismo. Afora os gritos animados de “Bill, Bill, Bill”, deu poucos motivos para a torcida sorrir em 2013. Em 16 jogos, marcou um gol, transferido ainda antes do fim do ano para o Ceará.

Ruy
Giuliano Gomes/Gazeta do Povo

Prata da casa, o meia Ruy teve poucas chances no Coritiba no início da carreira. Deixou o Coxa em 2012 depois de ter passado mais tempo emprestado a outras equipes do que atuando com a camisa do Verdão. Defendeu Arapongas, Maringá e chegou ao auge da carreira no Operário, levando o Fantasma ao inédito título estadual de 2015. A conquista rendeu nova chance no Coritiba, logo após o desfecho do Paranaense, mas apesar de um início promissor, sofreu com lesões e acabou não repetindo (por enquanto) o mesmo sucesso que teve no Alvinegro. Segue no elenco.

Lúcio Flávio
Arquivo/Valterci Santos/Gazeta do Povo

Mais um meia revelado na Vila Capanema que ganhou espaço no Coritiba. Primeiro, em 2002, após passagens por Internacional e São Paulo. Naquele ano, uma derrota para o Gama, na última rodada da primeira fase, impediu o time de chegar ao mata-mata do Brasileiro. No ano seguinte, foi para o Atlético-MG, passando por São Caetano, Botafogo, Santos, Vitória e Paraná, antes de fechar seu retorno para o Glorioso. Ficou seis meses no Coritiba, em passagem apagada, e não teve o contrato renovado.

Pedro Ken
Arquivo/Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo

Cria das categorias de base do Coritiba, surgiu em 2006 e participou da conquista do Paranaense de 2008, ao lado de outros piás alviverdes, como Marlos, Henrique Rodrigo Mancha e Keirrison. O bom desempenho rendeu sua contratação pelo Cruzeiro, onde não se firmou, sendo emprestado para várias equipes em sequência. Foi assim que voltou ao Alto da Glória em 2015. Jogou pouco (14 jogos), marcou só um gol e não deixou saudade.

Marcel
Arquivo/Marcelo Elias/Gazeta do Povo

O atacante de 1,87 m começou a carreira no Coritiba em 2000, levantando a taça do Estadual em 2003, seu último ano antes de ser negociado. Disputou 52 partidas e marcou 20 gols antes de fechar com o Suwon Bluewings, da Coreia do Sul. Passou por Portugal e diversos times brasileiros – estes por empréstimo – antes de fazer o caminho contrário. Do Bluewings retornou para o Couto Pereira como esperança de gols da equipe para a temporada 2012. Acabou sendo campeão paranaense daquele ano, mas não foi nem sombra do artilheiro revelado quase uma década antes.

Marcos Aurélio
Arquivo/Marcelo Elias/Gazeta do Povo

Ele chegou ao Coritiba sob desconfiança, por ter se destacado no ano anterior pelo rival Atlético. Rápido e habilidoso, logo fez a torcida esquecer seu passado. Permaneceu no clube entre 2008 e 2011, disputando 159 partidas, com 56 gols. Assim como Bill, conquistou o Estadual duas vezes, em 2010 e 2011, além da Segundona do Brasileiro em 2010. Contratado pelo Internacional em 2012, foi desaparecendo aos poucos – a exceção foi o empréstimo ao Sport, onde ainda se destacou. Em 2015 ganhou nova chance no Coxa, mas fez muito pouco em 14 jogos disputados.

Keirrison
Arquivo/Hedeson Alves/Gazeta do Povo

O grande craque revelado pelo Coritiba depois de Alex, Keirrison chegou a ser contratado pelo Barcelona para a temporada 2009/2010, mas nunca defendeu a equipe catalã. Antes, teve início de carreira arrasador no Alviverde, conquistando a Série B de 2007 pelo time paranaense e sendo artilheiro do Brasileiro de 2008 com 21 gols em 31 jogos. No mesmo ano, havia sido campeão estadual, na Arena, diante do Atlético. A coleção de troféus aumentou na segunda passagem pelo clube, iniciada em 2012, depois de não engrenar no Benfica, na Fiorentina, no Santos e no Cruzeiro. Ganhou o Paranaense mais duas vezes, em 2012 e 2013, mas teve de lidar com lesões sérias no joelho que o impediram de atuar no primeiro ano de volta ao Alto da Glória. Nesse período no Alviverde, nunca conseguiu emendar uma sequência de bons jogos. Saiu do clube pela porta dos fundos, na Justiça, no fim de 2015.

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BÔNUS!

Alex, o ídolo
Jonathan Campos/Gazeta do Povo

É o grande caso de sucesso. Talvez o único, de fato. O craque saiu cedo do clube, em 1997, tendo feito 124 partidas e marcado 28 gols em dois anos. Virou astro internacional e voltou ao Alto da Glória nos braços da galera, como herói, no fim de 2012. Conquistou o título paranaense de 2013 marcando dois gols nas finais contra o rival Atlético. Foi o único troféu erguido pelo ídolo alviverde defendendo o Coxa.

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