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Grupo seleto

É do Britânia metade dos 22 maiores campeões estaduais consecutivos por um mesmo clube.

É tetra

Bassani (Britânia, 1918-21), Dreyer (Coritiba, 1972-75), Ferreira (Britânia, 1918-21), Luciano (Paraná, 1993-96), Paulo Miranda (Paraná, 1993-96), Rigolino (Britânia, 1920-23), Romualdo (Britânia, 1918-21), Saulo (1993-96), Teodorico (Britânia, 1920-23).

É penta

Claudinho (Paraná, 1993-97), Cláudio Marques (Coritiba, 1971-75), Dirceu Krüger (Coritiba, 1971-75), Hidalgo (Coritiba, 1971-75), Elias Martin (Britânia, 1918-22), Floriano (Britânia, 1918-22), Jairo (Coritiba, 1972-76), Nilo (Coritiba, 1971-75), Régis (Paraná, 1993-97), Zito (Britânia, 1919-23)

É hexa

Joaquim (Britânia, 1918-23), Maximino (Britânia, 1918-23), Moura (Britânia, 1918-23).

Na história

Dos cinco possíveis novos tetras do Coritiba, apenas Rafinha esteve em campo em todos os jogos do título.

Rafinha

Joga para ser o único tetra titular durante as quatro campanhas e nos jogos do título.

Vanderlei

Reserva em 2010 e 2011, ano passado defendeu a cobrança de Guerrón na decisão por pênaltis.

Pereira

Foi titular apenas em 2010 e entrou durante o jogo do título em 2011.

Geraldo

Saiu do banco para fazer o gol do título de 2010 e empatar o primeiro confronto final desse ano.

Willian

Titular absoluto nessa temporada, participou apenas de alguns minutos no jogo do título em 2011.

Para cinco jogadores, a final de amanhã, às 15h50, no Couto Pereira, vale como visto de entrada em uma restrita galeria de imortais do Coritiba e do futebol paranaense. Rafinha, Willian, Vanderlei, Pereira e Geraldo jogam para ser tetracampeões estaduais legítimos, presentes em cada um dos títulos.

Conquistar troféus em longas séries é algo raro no estado. Apenas três clubes conseguiram em 99 anos de disputa do Campeonato Paranaense: Britânia (1918 a 23), Coritiba (1971 a 76) e Paraná (1993 a 97). Entre os jogadores, quatro ou mais conquistas também é um feito para poucos. Apenas 22 atletas conseguiram tal façanha, metade no Britânia, em um tempo que o futebol nem sequer era profissional, quanto mais marcado por um grande número de transferências.

No Coritiba dos anos 70, apenas seis jogadores estiveram presentes em pelo menos quatro títulos. Na época, a obsessão do clube era conseguir o primeiro tricampeonato da história, marca atingida em 1973, que tornou o tetra a meta imediata. "A gente queria ser tetra. Essa era a gana", lembra Dirceu Krüger, ponta do time que enfileirou os troféus de 1971, 72, 73 e 74 – os três últimos com o Atlético como vice. Cláudio Marques, Nilo e Hidalgo também estiveram presentes nas quatro conquistas e, assim como o Flecha Loira, seriam penta em 75.

"Essas conquistas representaram muito, me permitiram entrar para a história do clube. Até hoje sou reconhecido pelos títulos, pois dinheiro naquela época não tinha. Nos dedicamos ao clube, ninguém queria sair e por isso ficou a admiração do torcedor", lembra Hidalgo, que estará amanhã no Couto Pereira em uma situação totalmente diferente, como comentarista da rádio oficial do Atlético.

"Não é muito diferente de 2004, quando eu tive um problema com o Giovani [Gionédis, presidente do clube entre 2002 e 2007] e fiquei um ano e meio sem poder entrar no Couto Pereira, então fiquei só fazendo Atlético. Sei que tenho um rótulo pelo que conquistei no Coritiba, o que posso fazer? O trabalho na rádio é profissional, mas claro que os torcedores mais afoitos ficam aborrecidos", lembra o ex-volante.

É na posição que defendeu o Coritiba nos anos 70 que Hidalgo vê o possível novo tetra mais identificado com o clube. Revelado no Alto da Glória, é de Willian que o radialista espera a noção mais clara do que representa ser campeão pelo Coxa quatro vezes seguida. "É um garoto criado lá, como era um Krüger. Sabe o que significa", opina.

Willian tem a dimensão histórica do feito que está prestes a conseguir. Especialmente por ser, mais uma vez, em cima do maior rival, vice nos três últimos anos. "Pela minha pouca idade [23 anos], é uma felicidade imensa pôr essa marca no currículo, ainda mais vencendo um clássico", diz o volante, que, como poucos, tem sentido a expectativa da torcida pela conquista histórica. "Fico concentrado em casa, vejo um bom filme, curto minha noiva. Sou daqui e a cobrança é muito grande, tanto a minha como dos amigos", comenta.

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