Atlético e Coritiba foram absolvidos no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nesta segunda-feira (27). A 5ª Comissão Disciplinar do STJD julgou os incidentes ocorridos no Atletiba do último dia 4 de outubro, e decidiu punir a dupla apenas com multa de R$ 10 mil, além do valor por atraso para o Coritiba (R$ 2 mil). Os dois clubes foram enquadrados nos artigos 206 (atraso para entrada em campo) e 213, incisos I e III (deixar de prevenir e reprimir desordens e lançamento de objetos em campo), ambos do CBJD. Na súmula, o árbitro Ricardo Marques Ribeiro relatou arremesso de papel higiênico em chamas dentro do gramado, além da explosão de bombas na arquibancada. A punição máxima prevista para cada equipe poderia chegar a 20 mandos de campo e multa de R$ 200 mil. Caso perdessem mandos, os clubes teriam um fim de ano bastante complicado especialmente o Alviverde. Para o Coritiba, com 33 pontos e dentro da zona de rebaixamento, o impacto da punição seria muito grande a equipe tem apenas três partidas como mandante até o fim do Brasileirão, e depende bastante da força com a torcida até agora, o Coxa venceu somente uma vez sem contar com o apoio do torcedor, contra o Grêmio, em Porto Alegre. Contra Fluminense, Palmeiras e Bahia, a missão alviverde para escapar da Série B ficaria mais complicada. O Atlético, por sua vez, está em situação mais confortável com 40 pontos, a equipe está próxima de se garantir matematicamente na elite brasileira em 2015. O Furacão tem quatro partidas como mandante contra Atlético-MG, Sport, Santos e Goiás , e apresentou desempenho razoável nas partidas longe de Curitiba até o momento. Contando os jogos como visitante e os mandados fora da capital paranaense, o Atlético somou 20 pontos em 21 compromissos. Podendo jogar na Baixada, as chances melhoram. O julgamento O julgamento começou pouco depois das 17h, com o Atlético defendido por Domingos Moro e o Coritiba por Itamar Côrtes. No início, a defesa alviverde mostrou um vídeo, no qual funcionários do clube acendem rolos de papel higiênico com isqueiros, arremessando os objetos no gramado. A intenção foi mostrar que o fogo se apaga rapidamente. O chefe do policiamento, Luiz Fernando de Barros, foi questionado pelos auditores, pela procuradoria e pela defesa do Coritiba sobre os ocorridos, antes das sustentações dos advogados dos clubes a primeira apresentação foi de Côrtes, seguida por Domingos Moro. O advogado do Atlético começou sua defesa falando sobre a postura do Furacão, que não aceitou a carga de ingressos disponibilizada pelo Coritiba para Moro, isso mostra que o clube temia incidentes, e não quis se responsabilizar pelos torcedores presentes. O relator do processo, Vitor Butruce, pediu a pena de multa de R$ 10 mil à dupla Atletiba, sem perda de mando. O fato do Atlético não ter aceitado a carga de ingressos não ajudou a reduzir o valor, por conta do Regulamento Geral das Competições, citado pelo próprio relator que lamentou a decisão do Ministério Público em obrigar o confronto a ter duas torcidas. Os demais auditores seguiram a mesma direção. Reincidentes Os dois clubes já haviam sofrido graves punições causadas pelo mau comportamento de seus torcedores. O Atlético jogou os primeiros nove jogos deste Brasileirão fora da Arena cheia cinco partidas longe de Curitiba e quatro na Baixada com portões fechados em virtude da briga ocorrida na última rodada da Série A de 2013, contra o Vasco, em Joinville. O próprio jogo em Santa Catarina aconteceu no local por uma outra punição, de dois mandos, sofrida pelo Furacão por incidentes no Atletiba da Vila Capanema na ocasião, o clássico foi disputado com torcida única, e a confusão aconteceu entre os próprios torcedores rubro-negros. O Coritiba, por sua vez, protagonizou um dos episódios mais marcantes do futebol brasileiro, com a invasão e briga generalizada após o empate contra o Fluminense, em 2009, que decretou a queda alviverde para a Série B. Na ocasião, o Coxa foi punido com a perda de 30 mandos de campo, pena reduzida posteriormente para dez, todos cumpridos durante o primeiro turno da Segundona de 2010, em Joinville.
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