• Carregando...
 |
| Foto:

Atlético e Coritiba têm duas rodadas para evitar um encontro de ‘desesperados’ no Brasileiro. Em situações desconfortáveis na classificação, os rivais se enfrentam daqui a 11 dias, no Couto Pereira. Caso não pontuem até lá, a temperatura do clássico subirá mais do que o normal. A força-tarefa contra um Atletiba dramático, no entanto, tem outro complicador: três dos quatro adversários da dupla estão entre os líderes do campeonato.

Em casa, o Coxa recebe o líder Cruzeiro, amanhã, às 19h30. No domingo, o time vai a Porto Alegre encarar o terceiro colocado Internacional, mesma data do confronto do Atlético contra o Corinthians, dono do quarto posto da Série A, na Arena da Baixada. Amanhã, às 21 horas, a dura missão rubro-negra é contra a Chapecoense, candidata ao rebaixamento, em Santa Catarina.

Se a posição na tabela (12.º lugar) não parece tão desesperadora para os atleticanos, o momento da equipe nunca foi tão ruim na temporada. Além de jogar mal, o time só venceu uma vez nas últimas nove rodadas. Desde o empate fora de casa com o Sport (17/8), o clube somou apenas seis de 27 pontos possíveis, perdeu cinco posições e queimou a ‘gordura’ acumulada no primeiro turno.

A fase alviverde não chega a ser tão ruim quanto à do arquirrival, mas a zona de rebaixamento é uma incômoda realidade neste ano. Com 23 pontos, a cinco do Atlético, o Coritiba (17.º colocado) segue na área de perigo. Para deixar a ZR, coisa que só aconteceu uma vez nas últimas 19 rodadas, vai precisar de bons resultados contra o primeiro e o terceiro colocados.

A inspiração vem do triunfo sobre o vice-líder São Paulo, na semana passada, quando o camaronês Joel brilhou com dois gols. Diante da Raposa, Zé Love e Alex são as novidades no time de Marquinhos Santos. O atacante e o meia, que estavam suspensos no revés para o Sport, no Recife, no fim de semana, voltam para tentar equilibrar o emocional do grupo. Robinho, por outro lado, recebeu o terceiro amarelo e está fora.

A derrota de sábado para o Colorado, primeira em casa desde que a torcida voltou à Arena, também deixou uma importante sequela no time de Claudinei Oliveira. Douglas Coutinho, artilheiro rubro-negro com sete gols, está suspenso e não pega a Chape.

Os erros da dupla

Troca de técnicos

A dupla insistiu no erro mais básico do planejamento para a temporada. O comando técnico foi alterado demais, três vezes em cada clube, e afeta diretamente o rendimento em campo. Pior, também houve erro de avaliação na contratação dos treinadores. O Coxa começou 2014 com Dado Cavalcanti, que foi trocado por Celso Roth, e agora está com Marquinhos Santos. Já o Furacão iniciou com o espanhol Miguel Ángel Portugal, mudou para Doriva e hoje tem Claudinei Oliveira, além de ter contado com o interino Leandro Ávila.

Campanha em casa

Historicamente, tanto Atlético quanto Coritiba sempre dependeram da força de seus estádios. Neste Brasileiro, no entanto, ambos perderam muitos pontos como mandante – até aqui, cada um deixou de ganhar 17. Metade dessa pontuação já seria suficiente para mudar o panorama da dupla no campeonato. O Alviverde estaria a uma distância tranquila da zona de rebaixamento e o Rubro-Negro poderia sonhar com a Libertadores.

Montagem dos times

As apostas na montagem dos elencos se provaram frágeis. O Coxa contratou muito, mas demonstrou problemas na avaliação de alguns atletas. O meia Jajá e o atacante Roni são exemplos claros disso, já que nem fazem mais parte do plantel. O Furacão colocou todas as suas fichas na juventude, mas esqueceu que é preciso mesclar com experiência. Resultado: tem uma das defesas mais vazadas do Nacional.

Direção

A bola deixou de ser o objeto principal dos dirigentes em boa parte do ano. Até a Copa do Mundo, enquanto o Atlético disputava a Libertadores após nove anos, o presidente Mario Celso Petraglia priorizou o término da Arena e deixou de lado o time, que praticamente não recebeu reforços. No Coritiba, o presidente Vilson Ribeiro de Andrade viajou muito para ajudar na formatação da Lei de Responsabilidade Fiscal no esporte. Essa atuação fez com que ele fosse escolhido como chefe de delegação da seleção brasileira no Mundial, fato que o tirou do dia a dia do clube por um mês.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]