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A dez rodadas do término do Brasileiro mais emocionante dos últimos tempos – pelo menos na luta contra o rebaixamento –, tudo leva a crer que a batalha da dupla Atletiba para permanecer na elite só ganhará um desfecho na data-limite de 7 de dezembro. Lanterna do campeonato com 29 pontos, o Coritiba está a quatro do rival Atlético, que ocupa o 14.º lugar. O equilíbrio da competição é tão grande, entretanto, que até o nono colocado Goiás, que soma 37, corre risco.

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Além deles, Botafogo, Criciúma, Bahia, Vitória, Figueirense, Chapecoense, Palmeiras, Sport e Flamengo também temem a queda. "Não me lembro de um campeonato com a parte de baixo da tabela tão complexa. É a disputa mais acirrada há muitos anos", fala o engenheiro Tristão Garcia, do site Infobola, que coloca hoje o Alviverde com 69% de probabilidade de cair, enquanto o Rubro-Negro tem 18%.

"Com 28 rodadas disputadas já seria normal ter a formação de blocos mais visíveis. Só que dessa vez tem muita gente junta lá em baixo, o bloco [dos ameaçados] está mais comprido do que o esperado", concorda o doutor em estatística Marcelo Leme Arruda, do site Chance de Gol. Para ele, o Coxa tem risco de 51,9% contra 12,4% do Furacão.

Não é só impressão. Desde 2006, quando o Nacional passou a ser disputado por 20 clubes, a briga na rabeira da tabela realmente nunca foi tão forte. Só um ponto separa o 17.º colocado do 20.º, situação que só ocorreu a essa altura da competição em 2008.

A explicação para o equilíbrio, segundo Tristão, é a grande quantidade de equipes com o mesmo objetivo desde o início. "São vários clubes de tamanho médio. E quase todos entram preocupados em não cair. Inclusive o Coritiba, não dá para esquecer, que no ano passado já se salvou de forma heroica na última rodada", comenta o estudioso.

Por causa da pontuação maior do que o rival, o Atlético tem, em teoria, uma missão menos complicada. Mas o panorama muda a cada revés. "A tendência é o Atlético ganhar um respiro a curto prazo se não tiver nenhum desvio de curso. Mas para isso é preciso vencer os adversários diretos", diz Arruda, citando o duelo deste domingo, contra o Flamengo, na Arena.

Há um alento para o Coxa, porém. Com exceção das duas últimas temporadas, sempre houve pelo menos uma mudança na relação dos quatro últimos na rodada atual em comparação com o fim do campeonato. Só não dá para deixar para a última hora.

"Em um palpite grosseiro, a probabilidade de os paranaenses se salvarem é de 42%, de um só cair é de 51,6% e dos dois serem rebaixados é de 6,4%", arrisca Arruda.

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