Demitido do Coritiba na semana passada, o técnico Paulo Cesar Carpegiani descartou que as declarações enigmáticas dadas pelo atacante Kléber, depois da vitória por 3 a 0 sobre o Prudentópolis, no sábado (4), se refiram a problemas internos e/ou de relacionamento com o antigo treinador.
“Não ouvi as declarações do Kléber, então não posso falar sobre o que ele quis dizer. O que posso falar é que o Kléber era meu capitão. É um cara que tinha minha total confiança. Sempre dei a palavra a ele no vestiário. Ele nunca se dirigiu a mim por qualquer tipo de problema. Se tivesse algo errado ele teria a obrigação de me falar”, afirmou Carpegiani, por telefone, à Gazeta do Povo.
O experiente treinador de 68 anos disse ainda que dava liberdade ao elenco e que ouvia bastante os jogadores. “Eu conversava muito com todos eles. Falava muito com Juninho, Walisson Maia, Werley, Edinho, Kléber. Perguntava as opiniões sobre escalações, táticas. Sempre deixei tudo claro. Por isso eu digo, se os jogadores tivessem algum problema teriam obrigação de falar comigo”, repete o técnico.
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Autor de dois gols na vitória sobre o Prudentópolis, no Couto Pereira, Kléber desabafou durante o intervalo e repetiu o discurso obscuro após o jogo. “É agora que voltou a paz. A gente sabe o que acontece e por que aconteceu”, disse o jogador, no fim do primeiro tempo. “A gente sabe que estava numa fase ruim. As coisas precisam mudar. A gente agora tem o Pacheco, um cara que conhece o clube e os jogadores”, complementou, após o apito final, em declaração que pode ser interpretada como crítica velada ao trabalho que vinha sendo feito no Alto da Glória.
Carpegiani foi demitido após o Coxa ser eliminado precocemente pelo ASA de Arapiraca na Copa do Brasil – derrota por 2 a o no Couto Pereira. O técnico revela que ficou surpreso com a decisão da cúpula alviverde. “Havia um planejamento. A diretoria estava ciente que tivemos uma pré-temporada difícil, com muitos jogadores ficando de fora. Teve jogadores que nem tinham estreado. Nós não estávamos jogando bem. Mas é que nós dependemos exclusivamente de resultados”, lamenta.