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Julio César, Dudu e Roni comemoram o gol coxa-branca: time avança na Copa do Brasil | Antônio More/ Gazeta do Povo
Julio César, Dudu e Roni comemoram o gol coxa-branca: time avança na Copa do Brasil| Foto: Antônio More/ Gazeta do Povo

Vestiário

Equilíbrio do Coritiba deixa treinador satisfeito

O Coritiba viaja hoje para Chapecó (SC), onde enfrentará a Chapecoense, sábado, às 21 horas, na estreia do Brasileiro. O torcedor pode esperar um time diferente do que venceu o Cene. "[O jogo em] Chapecó será outro. Hoje [ontem] foi mais jogado, técnico. Lá é jogo de primeira, segunda bola, de disputa física", aposta o técnico Celso Roth.

Apesar de a passagem pelo Alto da Glória se resumir a um jogo, o treinador comemorou uma evolução no time: o fim da sequência de contra-ataques que gerava gols contra o Alviverde na antiga gestão de Dado Cavalcanti, algo que não foi visto ontem. "É cedo para dizer, mas já adquiriu um equilíbrio que é importante", celebrou o estreante da noite.

A estreia de Celso Roth não foi a dos sonhos, mas ao menos o Coritiba venceu – de maneira pragmática, é verdade, uma marca do novo comandante – e conseguiu avançar à segunda fase da Copa do Brasil: 2 a 0 sobre o Cene-MS. O adversário agora será a Caldense-MG, que eliminou o Duque de Caxias. Julio César e Carlinhos mar­­caram os gols do triunfo alviverde.

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"Não somos máquinas. Somos seres humanos. Quando nós ficamos um tempo afastado, seja por qualquer razão, quando volta é emocionante", admitiu Roth, falando da experiência de ter ficado um ano e quatro meses desempregado, desde que se desvinculou do Cruzeiro. "Eu sou ansioso também, quero dar resposta para o torcedor como qualquer um", acrescentou o técnico.

Na primeira oportunidade que teve para dar essa resposta, Roth promoveu a estreia do volante Baraka como titular, um dos melhores em campo, e do meia Jajá, que entrou no segundo tempo. Dentro de campo o que se viu foi um time que tentava controlar o jogo com o toque de bola, com uma linha de três armadores e só um atacante, bem fechado na defesa, outra característica do treinador gaúcho.

Porém, sem Alex, lesionado, a vitória não veio de forma fácil, com os gols saindo quando a torcida já demonstrava irritação com a falta de objetividade no ataque, durante o segundo tempo. O primeiro gol foi de um dos mais criticados, o atacante Julio César, após um bom passe de Roni (19’).

"Ano passado eu estava jogando com lesão. É só ver os números [neste ano]. Quanto mais me criticam, mas eu me dedico para ajudar o time a conseguir vitórias", disse Julio César. O segundo foi um golaço de Carlinhos, após driblar dois adversários e chutar alto (27’).

"Achei a torcida completamente com a razão. Torcedor é passional. Profissional somos nós. Não vou dizer o que o torcedor tem de fazer. É normal, compreensível, vai nos exigir sempre", admitiu Roth. "Temos um elenco de valor e estamos fazendo contratações pontuais, mas esse grupo tem muita qualidade. Difícil o torcedor aceitar isso hoje, mas com o tempo eles verão", apostou o técnico.

"O Cene é uma equipe boa, experiente, que nos trouxe problemas. Típico jogo que tínhamos a obrigação de vencer bem. Mas com a equipe desequilibrada como estava, e com oito dias de trabalho, acho que foi bem. Mas não é o que nós queremos, pretendemos ir mais além", garantiu o treinador, emocionado por "voltar ao batente".

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