Juan chegou ao Coritiba , em julho do ano passado, com o rótulo pronto: lateral-esquerdo veterano, de bons momentos na carreira, mas que não entrava em campo há seis meses. Foi contratado como mais uma aposta da diretoria em medalhões, seguindo a linha de Kléber Gladiador.
Menos de um ano depois, após ser importante para a permanência do Coxa na Série A, o atleta de 34 anos virou o jogo. Adotou definitivamente o meio de campo como seu refúgio e se transformou no cérebro da equipe na temporada.
Em 15 jogos, o paulista participou de 29% dos 41 gols alviverdes em 2016. Além de seis bolas na rede, participou com seis assistências.
Alto rendimento graças a uma troca que não estava nos planos. “Essa questão de ter ido para o meio foi uma coisa que foi acontecendo. Nunca imaginava. Talvez em uma necessidade, mas não em definitivo como é hoje”, fala o ex-jogador de São Paulo, Flamengo, Fluminense, Santos, Vitória e também dos ingleses Arsenal e Millwall.
“Venho cada vez mais me sentindo à vontade , cada vez mais confortável nessa posição. E, graças a Deus, conseguindo ajudar o clube”, comemora.
Durante toda a carreira, Juan foi reconhecido como um lateral ofensivo. Os mais de 60 gols marcados comprovam a vocação para jogar perto da área. Mas, na opinião dele, outro fator tem contribuído para poder se destacar com passes decisivos ou mesmo balançando a rede.
“Principalmente pelo elenco, pelo time, que tem jogado bem, feito grandes partidas. Temos controlado os jogos, conseguido manter posse de bola e marcado forte. É o principal para eu fazer parte dessa engrenagem”, cita.
A mudança de posição no campo também possibilitou o surgimento de outra característica. Mesmo não se considerando um líder nato, daqueles que orienta os companheiros a todo momento, o meia exerce um papel de liderança técnica para o time do Coritiba.
Como a bola passa mais pelos seus pés, Juan se tornou um dos responsáveis por acrescentar dinâmica à equipe. Assim, o ritmo coxa-branca depende muito de sua movimentação e tomadas de decisão.
Atuação que será ainda mais importante na fase decisiva do Estadual. Antes de pensar na final contra Atlético ou Paraná, o objetivo é manter a concentração para aumentar a sequência de vitórias diante do PSTC, sábado (23), no Couto Pereira. Seria o sétimo triunfo consecutivo dos comandados de Gilson Kleina.
“É fundamental [seguir vencendo]. A cada vitória o time cria mais confiança, um sabor maior pela vitória. Não podemos perder isso”, argumenta o “ex-lateral”.
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