A tarde de terça-feira (2) foi atípica no CT da Graciosa. Enquanto a comissão técnica estava no gramado, todos os jogadores se reuniam no vestiário em uma conversa que durou cerca de 50 minutos. A pauta: cobrança para que o Coritiba deixe no passado as más atuações e passe a corresponder às expectativas da torcida. A reunião, sugerida pelo capitão Alex, teve ainda outros líderes do grupo entre aqueles que pediram a palavra.
A ideia do camisa 10 era dar uma chacoalhada no elenco, que relaxou após conquistar o primeiro turno do Paranaense e faz uma campanha abaixo da média na segunda fase é o quinto colocado com 12 pontos em 21 disputados.
O jogo de domingo (31) contra o Arapongas, apesar da vitória por 3 a 2, mexeu com o plantel. Em especial pela pressão da torcida, pedindo a saída do técnico Marquinhos Santos do cargo. Por isso, a reunião servia também para aliviar a tensão sobre o comandante e jogar a responsabilidade nos atletas.
"O trabalho do treinador vai até um certo ponto. O Marquinhos vem aqui, trabalha, dá os exercícios, passa as questões táticas, os cuidados... Mas o restante passa por nós. Ficamos conversando algumas coisas, principalmente individualmente, sobre algum jogador que esteja com algum problema e que não consegue desenvolver o melhor futebol, às vezes até algum problema pessoal", descreveu Alex, sobre o teor da reunião.
Segundo o capitão, não havia roupa suja para ser lavada. O zagueiro Pereira classificou como "apenas algumas arestas" a serem resolvidas. E, a princípio, a quase uma hora que permaneceram juntos foi proveitosa. "Cada um tem a sua responsabilidade e temos de nos unir. A conversa foi produtiva nesse sentido. Só temos a ganhar com isso para o decorrer do ano", comentou o volante Gil.
No entanto, Alex fez questão de lembrar que pouco adianta o teor, se a reunião ficar apenas na conversa. "Só falar não resolve. Se reunião ganhasse, não perderíamos de ninguém. O principal é levar isso para dentro de campo", finalizou.
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