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Keirrison não segurou as lágrimas após o gol do 2 a 1: “O momento mais feliz da minha vida” | Felipe Rosa/ Tribuna
Keirrison não segurou as lágrimas após o gol do 2 a 1: “O momento mais feliz da minha vida”| Foto: Felipe Rosa/ Tribuna

Seria impossível segurar o choro. Depois de pouco mais de dois anos – exatos 746 dias –, o atacante Keirrison reencontrou o gol e foi às lágrimas. E não foi qualquer gol. Foi o da vitória do Coritiba sobre o líder Cruzeiro na noite de ontem no Couto Pereira: 2 a 1 no placar.

Quando ele recebeu o cruzamento de Carlinhos aos 27 minutos do segundo tempo e cabeceou para a rede do goleiro Fábio, muita coisa havia ficado para trás desde o tento contra o São Paulo, quando defendia o Cruzeiro, no dia 5 de outubro de 2011. Na lista, passagens infrutíferas por equipes estrangeiras e nacionais, duas cirurgias idênticas no ligamento cruzado anterior do joelho direito, muito tempo de recuperação e desconfiança de sobra.

Tudo isso foi transformado em choro ao repetir a corrida do gramado em direção à arquibancada, onde a torcida coxa-branca comemorava tanto quanto ele. Afinal de contas, foi outro reencontro – o último gol dele no Alto da Glória havia sido em 22 de novembro de 2008, contra o Santos.

"Para mim foi [o momento mais feliz da minha vida]. A luta foi muito grande. Só quem esteve perto sabe disso. Hoje [ontem] fui abençoado com o gol", traduziu a emoção de ter anotado o dele e dado o triunfo ao Alviverde.

A busca por esse gol começou na sétima rodada do Brasileirão, quando foi relacionado para o clássico Atletiba. A volta ao gramado foi na oitava rodada, contra o Santos. Mas o joelho seguia atrapalhando, deixando o atleta mais tempo no estaleiro. Mais do que imaginava.

"As cirurgias foram graves, mas a equipe de fisioterapia do Coritiba e o meu médico [Rene Abdalla] confiaram que eu poderia voltar. Hoje estou recuperado. E agradeço ao Coritiba por tudo que fez por mim", completou o K9, hoje K19, que reconheceu não aguentar 90 minutos de jogo. Isso só para o ano que vem.

O Alviverde também agradece. O tento dele, somado ao do lateral-esquerdo Carlinhos, aos 41 minutos do primeiro tempo, foi fundamental para a equipe respirar um pouco na luta contra o rebaixamento – a Raposa empatou aos 16 da etapa final com Dagoberto, após pênalti inexistente anotado por Jailson Macedo Freitas.

O triunfo levou o Coxa à 14.ª colocação, com 37 pontos, a quatro do Vasco, que abre a degola – a diferença era de dois na abertura da rodada.

E foi um triunfo quase improvável. O Coritiba vinha de dois jogos sem vitória e enfrentava justamente o líder. E sob o comando de Péricles Chamusca haviam sido cinco jogos e quatro derrotas. Por isso foi um resultado que alivia a tensão no Alto da Glória.

"É uma confirmação da qualidade do trabalho que estamos realizando no dia a dia. A receptividade dos ateltas tem sido boa e isso traz uma resposta positiva. Mas no futebol, isso precisa vir acompanhado do resultado", analisou o treinador.

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