Os jogadores do Coritiba se abraçam para comemorar o gol contra o alagoano ASA: a partida mostrou uma equipe envolvente, lembrando a que teve sucesso no torneio no ano passado| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Tcheco festeja "presente de aniversário"

Tcheco foi o personagem da vitória coxa. No dia em que completou 36 anos, ele abriu placar cobrando um pênalti mesmo não sendo o batedor oficial. "Antes de levar uma bronca eu já pedi desculpas [ao Marcelo Oliveira]. Quando vem a confiança e o emocional está bom, tudo dá certo", falou. "[A vitória] foi um presente e tanto", acrescentou o meia, que ouviu o ‘parabéns’ cantado pela torcida. "Ele assumiu a penalidade para bater. Esta é uma decisão de liderança", elogiou o treinador, lamentando a aposentadoria do meia no meio do ano. "Não vamos achar um veterano como o Tcheco porque ele não vai correr como o Tcheco."

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Finalmente o Coritiba venceu e convenceu os cerca de 13 mil torcedores que foram ao Couto Pereira. Com um futebol rápido, lembrando os melhores momentos de 2011, a equipe coxa-branca bateu o ASA por 3 a 0 e garantiu a va­­ga nas oitavas de final da Copa do Brasil, quando enfrentará o Paysandu. De quebra, garantiu mais R$ 300 mil por causa da classificação e manteve viva a esperança de faturar o total de R$ 4,1 milhões com o título do torneio.

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"O time jogou bem desde o início. Esta é a cara do Coritiba. Acredito que essa partida será um divisor de águas", apostou o atacante Anderson Aquino, autor do segundo gol. O tento, inclu­­sive, foi o maior exemplo da velocidade pedida pela torci­­da, com participação direta de Rafinha e a assistência de Roberto.

No entanto, antes disso, o próprio Roberto participou do lance mais polêmico da partida, quando o árbitro marcou um pênalti reclamado pelo time alagoano. Com a vantagem do empate por ter vencido o primeiro jogo por 1 a 0, os atletas do ASA afirmaram que o lance não teria sido falta e nem dentro da área. Tcheco converteu.

Na etapa final, funcionou a estratégia do técnico Marcelo Oliveira. O comandante já tinha enfrentado uma situação inusitada no primeiro tempo, ao chamar Júnior Urso para entrar, ouvir os protestos da torcida e mudar de opinião, colocando Gil.

No segundo tempo, insistiu com Urso, mas desta vez no lugar de Roberto. Porém, ao mesmo tempo, também tirou Lincoln – um dos únicos a não jogar bem no Coxa ontem –, para a entrada de Éverton Ribeiro. No seu primeiro lance, ele tabelou com Aquino e definiu o placar.

"O meio de campo do adversário estava jogando muito no segundo tempo. Naquele momento eles foram colocando jogadores rápidos e precisávamos de um pouquinho de marcação. Quando se analisa com paixão é difícil entender. Felizmente, deu certo", comemorou Oliveira.

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Em um momento no qual todos os jogos são decisivos, uma palestra motivacional antes do duelo deu confiança para os atletas. "Hoje [ontem] talvez tenhamos levado um prazer e uma alegria para o campo contra um adversário que não tem nada de bobo. Foi uma vitória consistente", resumiu o técnico.

O jogo

O Coritiba abriu o placar com um pênalti polêmico sofrido por Roberto. Tcheco marcou. Ainda antes do intervalo, em um contra-ataque, Anderson Aquino ampliou. No segundo tempo, o Coxa, que dominava a partida, fechou o placar com Éverton Ribeiro.