Bandeira do Coritiba sob o caixão do ídolo alviverde Fedato| Foto: André Rodrigues / Gazeta do Povo
Familiares e amigos no velório do ídolo coxa-branca Fedato
Fedato foi o primeiro grande ídolo da torcida do Coritiba
Encontro de gigantes: Fedato cumprimenta Leônidas da Silva em partida do Coritiba com o São Paulo na década de 40
Ídolo coxa-branca Fedato com a camisa e faixa de um dos títulos que conquistou pelo Alviverde
Fedato, campeão paranaense pelo Coritiba em 1946
Fedato e Alex estiveram no ano passado no lançamento do livro Eternos Campeões que conta a história de ídolos do Coritiba
Fedato fez a primeira partida pelo Coritiba em março de 1943. Depois, foram quase 15 anos de clube
Neste período, Fedato conquistou sete títulos estaduais
Fedato também defendeu a seleção paranaense entre 1944 e 1956
Depois de encerrar a carreira, ele abriu uma rede de lojas de artigos esportivos, a Fedato Sports
Capitão e titular absoluto, Fedato comandava a zaga coxa-branca
Encontro de ídolos alviverdes: Fedato e Krüger no Estádio Couto Pereira
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Familiares e amigos se despediram nesta terça-feira (10) do ex-zagueiro Fedato, ídolo do Coritiba. Ele foi velado no Estádio Couto Pereira e o enterro foi realizado no Cemitério Municipal, no fim da tarde. Sobre o caixão, foi colocada uma bandeira do Coxa.

O jogador, que defendeu por 15 anos a camisa alviverde, faleceu segunda-feira, vítima de uma pneumonia, aos 88 anos. A diretoria do Coxa decretou luto oficial de três dias e colocou uma tarja preta no distintivo do clube no site oficial. Grandes nomes do futebol paranaense passaram no Couto para prestar a última homenagem a Fedato. Entre eles, Dirceu Krüger, Cláudio Marques, Aladim e Alex. Ex-jogadores do rival Atlético também estiveram no local como Jackson e Barcímio Sicupira, maior artilheiro do Rubro-Negro.

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"Eu o conhecia de muito antes do futebol, éramos praticamente vizinhos. Eu e os meninos da rua ganhávamos o dia quando ele passava para ir treinar e acenava para gente" conta Sicupira, que estava no infanto-juvenil do Coxa em 1957, último ano de Fedato como jogador do clube.

"A amizade veio muito antes do futebol. Depois eu ainda ia muito à loja dele. A rivalidade entre os times é algo que acaba no domingo de tarde. O importante é o ídolo que ele era", completou o ídolo rubro-negro.

Entre os familiares e amigos, o otimismo e alegria com que Fedato levava a vida ficaram marcados na memória. "Ele sempre falava que jogou pelo time que amava e teve tudo o que quis na vida. Nunca se recusou a atender ninguém, sempre com bom humor e um sorriso no rosto. A vida dele era o Coxa, pedia para ir ver o treino ou só para olhar o campo do Couto", contou a neta Fernanda Fedato.

Rodrigo Salvador dos Santos, padrinho de uma das bisnetas de Fedato, fez questão de ir ao enterro do ex-jogador com a camisa do Coxa que estampava o nome do ídolo e o número 2, utilizado pelo zagueiro durante o período do Alto da Glória.

"Conhecia a história dele pelo que li e, depois, passei a frequentar a casa dele, o que foi o grande presente da minha vida. Ídolo é Alex. Fedato era mais do que isso", disse Santos.

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Entre tantos fatos da vida do ex-zagueiro que foram lembrados, foi recordado que em 1957 a torcida fez um abaixo-assinado para que ele não se aposentasse, além do Prêmio Belfort Duarte, por ter passado dez anos sem receber nenhum cartão - um dos maiores orgulhos do ídolo alviverde.

"Ele representa uma paixão imensa pelo clube. Tudo na vida dele girou em torno do Coritiba. Até o Exército ele serviu no Couto Pereira. Sempre foi o sonho dele defender o Coxa", declarou o jornalista Paulo Krauss, co-autor de Fedtao – O Estampilla Rubia, autobiografia do ex-jogador.

Para a família, marcou muito o fato de no lançamento do livro Eterno Campeões, com perfis dos maiores ídolos do Coritiba, em outubro do ano passado, o fato do meia Alex ter ido pedir um autógrafo para Fedato.

Adeus de Fedato